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Brasília

Desabastecimento por falta de embalagem

Fornecedores têm demorado a fazer entregas ou até rompem a cadeia de fornecimento de produtos que dependem de embalagens

Catarina Lima

11/12/2020 6h06

A falta de embalagens é o principal motivo do desabastecimento nos supermercados e atacados do Distrito Federal. O desaquecimento da economia causou a queda na produção de insumos como papelão, vidro, latas e plástico. O reflexo disto foi o sumiço de alguns produtos das prateleiras dos supermercados.

O presidente do Sindicato dos Supermercados do Distrito Federal (Sindsuper), Gilmar de Carvalho, acredita o fluxo de insumos só voltará totalmente ao normal cerca de um ano depois do fim da pandemia de coronavírus.

Gilmar destacou que os fornecedores têm demorado a fazer entregas ou até rompem a cadeia de fornecimento de produtos que dependem de embalagens. “Temos menos produtos no mercado”, explicou. Segundo o presidente do Sindsuper, alguns preços foram afetados em função da redução da oferta.

Já Lisypo Gomide, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista (Sindiatacadista), disse que o pior período com relação a desabastecimento foi nos meses de setembro e outubro. Em setembro, de acordo com o IBGE, houve um aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, de 0,37%; em outubro, a alta registrada foi de 1,02%.

Lisypo acredita que no setor de alimentos o pior já passou. “ Com relação às importações houve uma ruptura. Os importadores pararam de comprar por um tempo, com isso quebrou-se um ciclo”, explicou. Segundo o empresário, no setor de vinhos aconteceu uma adequação dos consumidores aos novos preços (mais altos). “As pessoas continuaram consumindo o mesmo valor, só que com esse valor passaram a consumir rótulos mais baratos”, explicou.

Os produtos importados que desapareceram ou quase das prateleiras dos supermercados foram molhos de tomate, pilhas recarregáveis e peças de reposição.

Gomide informou que o fornecimento no setor de embalagens está sendo restabelecido, assim como na construção civil. “Um milheiro de tijolos chegou a custar R$ 1.200 reais. Com a regularização no fornecimento preço caiu para R$ 700 reais”, disse. O aço, no entanto, segue em falta.

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