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Brasília

Deputados exigem isonomia para medidas de isolamento social no DF

O fechamento de comércios durante esta semana, em diversas regiões administrativas e a reabertura do Eixão do Lazer no Plano Piloto, foram motivos de discussão

Redação Jornal de Brasília

10/06/2020 19h25

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasilia

As medidas de isolamento social, em virtude da pandemia do novo coronavírus, gerou críticas por parte dos deputados na sessão extraordinária remota, nesta quarta-feira (10).  O deputado Chico Vigilante (PT) considerou correto o fechamento de diversos estabelecimentos comerciais em Ceilândia, Sol Nascente e Estrutural desde o início desta semana, mas criticou a retomada, a partir de amanhã (11), do Eixão do Lazer, além da liberação das vias da W3 Sul, também para pedestres e ciclistas aos domingos e feriados. “Qual é a lógica dessa abertura de áreas para lazer?”, questionou. “Não podemos brincar porque o coronavírus mata”, alertou.

Do mesmo modo, a deputada Arlete Sampaio (PT) entende que, ao abrir o Eixão e a W3 para lazer, o governo sinaliza para a população que “está tudo bem”, sendo que, ao contrário, o DF caminha para a piora do quadro de contaminação. Na avaliação de Arlete, o GDF começou “bem”, ao adotar as medidas de isolamento social, mas foi “desmoralizado” pelo presidente da República, que desrespeitou os decretos do governador em Ceilândia e outros locais do DF, o que resultou em “ações desencontradas” no atual momento.

Pressão

Ao pedir calma, o deputado Martins Machado (Republicanos) disse que “todos estão sob pressão, o governador, o Legislativo, os empresários, a população”. Como exemplo desse estado de tensão, Machado relatou que o governador Ibaneis Rocha chorou nesta semana diante das pessoas que foram pedir a extensão dos benefícios emergenciais. Concordou com o clima tenso gerado pela pandemia a deputada Júlia Lucy (Novo), que narrou o suicídio cometido por uma jovem na Estrutural. Por isso mesmo, ela defendeu a abertura do Eixão e outros espaços a fim de que as pessoas possam manter a sanidade, cuidar do corpo e evitar o acometimento de outras doenças.

Lucy ainda argumentou contra a aquisição de testes rápidos para a testagem em massa no DF. Segundo ela, foram gastos R$ 25 milhões nesse tipo de teste de baixa confiabilidade, ao invés de outras opções cujos resultados são mais seguros e confiáveis. Para fazer esse questionamento, entre outros, a parlamentar solicitou a vinda do secretário de Saúde, Francisco Araújo, à CLDF para conversar com os deputados.

Feira do Lago Oeste

O deputado João Cardoso (Avante) defendeu a permanência do Empório Rural do Lago Oeste, feira que existe há 17 anos na região. Próxima aos postos Flamingo e Colorado, a feira, segundo Cardoso, comercializa produtos orgânicos e artesanais em 35 bancas, e provê o sustento de trezentas famílias. De acordo com o parlamentar, uma ação judicial, movida por um proprietário de terreno em frente à feira, ameaça a continuidade do empório. Ele garantiu que dará apoio ao processo de renovação e permanência da feira a fim de ajudar aquelas famílias que precisam desse comércio para sobreviver, principalmente no período de pandemia.

UnB

 O deputado Fábio Felix (PSOL) protestou veementemente contra a Medida Provisória do presidente Bolsonaro que dá ao ministro da Educação a possibilidade de nomear reitor sem consulta à comunidade acadêmica. “Essa medida retira a autonomia das universidades brasileiras”, alegou. Segundo Félix, o ministro Abraham Weintraub deseja impor um reitor biônico na Universidade de Brasília (UnB). Ao se solidarizar com a comunidade da UnB, ele acrescentou que o PSOL fez uma representação contra a MP: “Não vamos permitir”, atestou. A MP 979/2020 foi publicada na edição desta quarta-feira (10) no Diário Oficial da União.

Com informações da CLDF

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