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Brasília

Dengue: apenas em janeiro, DF já tem 1.419 casos prováveis

Segundo os dados, foi registrado um aumento de 84,1% dos casos em relação ao mesmo período de 2019

Redação Jornal de Brasília

31/01/2020 14h39

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Apenas no mês de janeiro de 2020, o Distrito Federal já tem registrado 1.419 casos prováveis de dengue. Deste total, 1.296 são moradores do DF, segundo o último Boletim Epidemiológico apresentado pelos gestores da Secretaria de Saúde nesta sexta-feira (31). 

Segundo os dados, foi registrado um aumento de 84,1% dos casos em relação ao mesmo período de 2019. A região de Saúde com maior índice é a Norte, que envolve Sobradinho e Fercal, com 338 casos. Depois é a Sudoeste, com 200 registros e a Região de Saúde Sul, com 170 casos.

“Janeiro já é um mês de sazonalidade do mosquito e é esperado que tenha um aumento no número de casos, porque é cíclico. Além disso, neste mês tivemos um volume de chuvas maior que no ano passado. Por isso é fundamental o papel da população para ajudar nesse combate”, explicou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares.

Apesar das medidas já adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para impedir o avanço do Aedes aegypti, como a abertura do processo seletivo para contratar 600 agentes comunitários e de vigilância ambiental, instalação de salas de hidratação oral e venosa em unidades de saúde, além do suporte do Corpo de Bombeiros para instalar armadilhas contra o Aedes, é necessária mais conscientização da população, de acordo com Tavares.

“É um trabalho conjunto e precisamos muito do apoio da população, porque 90% dos focos do mosquito estão dentro dos domicílios. A população precisa se engajar para trabalharmos unidos. Devem verificar seus quintais, tirar a água acumulada, porque a dengue tem atacado muitas pessoas em idade produtiva”, ressaltou o secretário adjunto.

Casos

Uma pessoa morreu com a doença, ao todo, foram registrados três casos graves. Houve, ainda, 27 casos de dengue com sinais de alarme. O óbito registrado é de um morador da Região de Saúde Centro-Sul, que engloba Guará, Estrutural, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I e II e Park Way.

As crianças menores de um ano de idade e as pessoas com mais de 50 anos foram as mais atingidas pela doença. Em 2019, sete bebês foram diagnosticados com a doença. Neste ano, o número subiu para 13. No grupo das pessoas mais velhas, o número passou de 135 diagnosticados no ano passado para 417 em 2020.

Contudo, a expectativa para este ano é que os casos possam diminuir ou se tornarem mais graves. “2019 foi um ano atípico no DF. Tivemos a introdução de um novo sorotipo, tipo II, que é uma dengue mais agressiva, mais complicada. Felizmente, neste ano, a circulação maior tem sido o do sorotipo I, menos grave, que é mais fácil para se prevenir”, informou o gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Vigilância Epidemiológica, Fabiano Martins.

Outras Doenças

O Boletim Epidemiológico também apresenta dados de chikungunya, com um caso confirmado da doença; zika, com 12 casos prováveis registrados; e febre amarela, que teve quatro casos notificados, sendo dois em moradores do DF. Um já foi descartado e o outro segue em investigação.

Prevenção

Durante todo o ano, a Vigilância Ambiental realiza um trabalho constante de visita às residências e locais com prováveis focos do mosquito Aedes aegypti, trazendo informações e orientações para os cuidados preventivos no enfrentamento da doença.

São realizados manejos ambientais com coleta de inservíveis dos imóveis, aplicação de fumacê, educação ambiental, mobilizações sociais em feiras, escolas, shopping, unidades de saúde e escolas.

“Para 2020, a Secretaria de Saúde e demais órgãos do GDF, terão uma intensificação maior ainda dos trabalhos, com participação mais efetiva na Sala Distrital para discutimos as ações e os resultados. Assim, esperamos que esse ano seja mais tranquilo”, informou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero.

Além das ações de controle vetorial, há um monitoramento semanal dos casos suspeitos de dengue, com sinais de alarme, casos graves e óbitos, que subsidia a tomada de decisão e o desencadeamento de ações.

Força-tarefa

No último fim de semana, a pasta promoveu um dia de combate à dengue no Guará, São Sebastião, Sobradinho, Fercal e Planaltina. Ao todo, mil imóveis foram inspecionados pelos bombeiros.

Neste sábado (1), uma nova força-tarefa será feita, desta vez em Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia, Taguatinga e Brazlândia. Cerca de 40 agentes e dez viaturas da Vigilância Ambiental, além dos 700 militares e 12 viaturas do Corpo de Bombeiros participarão da ação.

Na parte de assistência, a Secretaria de Saúde tem estruturado a hidratação nas unidades básicas de saúde (UBS), com disponibilidade de insumos para as modalidades oral e venosa, para oferecer maior resolutividade e reduzir as remoções de pacientes aos hospitais. Com isso, também pretende-se diminuir as complicações das doenças causadas pelo Aedes.

 

Com informações da Agência Brasília

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