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Brasília

Delegado diz que os envolvidos em morte de médico terão que ser ouvidos novamente

O delegado responsável pelo caso disse que a equipe ainda está tentando entender o que aconteceu na noite da morte 

Redação Jornal de Brasília

04/12/2019 19h14

Paula Beatriz
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Nesta quarta-feira (4) o delegado responsável pelo caso da morte do médico endocrinologista Luiz Augusto Rodrigues, fez uma coletiva de imprensa para explicar que o caso ainda está sendo investigado e não tem nada concluído. 

Segundo o delegado Ataliba as informações prestadas pelos policiais e pelo policial da reserva não batem e ainda é preciso investigar mais o caso para se ter uma conclusão final. Além disso a polícia está no aguardo da perícia que deve sair no prazo de no máximo 30 dias. 

“O policial da reserva negou ter apontado a arma para os policiais. Mas confessou que estava com a arma no dia do crime e estava com ela na mão porque anteriormente o médico disse que estava com medo de ser assaltado. Além disso o policial da reserva contou que não percebeu que era uma viatura da polícia e negou ser segurança do médico”, disse o delegado. 

A versão dos policiais é outra, eles estariam fazendo patrulhamento e acharam as atitudes dos amigos suspeita. Chegaram com a viatura com o farol alto e logo em seguida o da reserva apontou a arma. Sendo assim, segundo eles, a atitude de efetuar o disparo foi feita em legítima defesa. 

Segundo o delegado, o caso ainda está sendo apurado para verificar se foi ou não legitima defesa, mas conta da dificuldade de fechar o caso pela falta de imagens. Ele conta que todos os envolvidos já foram ouvidos, mas possivelmente terão que prestar outro depoimento para ajudar na investigação. 

O caso

O médico endocrinologista Luiz Augusto Rodrigues, de 45 anos, morreu após receber um tiro no peito na madrugada desta quinta-feira (28). Junto com o médico estava o PM da reserva que se diz amigo da vítima. 

Em um vídeo, questionado pelos policiais, o sargento aposentado pede desculpas e afirma que estava protegendo o amigo. Visivelmente embriagado o policial aposentado pede perdão e confirma que recebia dinheiro para fazer escolta do médico. 

“Entre nós aqui, eu tomei uma e estava protegendo ele. O doutor Luiz me paga para proteger ele. Me desculpa”, disse o amigo embriagado. 

O caso aconteceu na 314/315 Sul. Segundo a PMDF, os militares viram dois homens em atitude suspeita em frente ao Teatro dos Bancários, próximo a uma caminhonete Ford/Ranger. Quando iriam realizar abordagem, um dos homens teria sacado uma arma e apontado em direção aos PMs. Um policial, então, teria se defendido e atirado no peito do médico.

O médico, no entanto, estava desarmado. Quem portava uma arma era o colega dele, um policial militar reformado.

Após o disparo, os militares solicitaram apoio do Corpo de Bombeiros (CBMDF), que constataram o óbito de Luiz Augusto. O soldado autor do tiro se apresentou na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) logo após a ocorrência e, por isso, não foi preso em flagrante. A 1ª DP investiga o caso.

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