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Brasília

Defesa de Hage entra com habeas corpus

Subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Eduardo Hage foi preso na operação do MPDFT que investiga fraudes em compras de testes de covid-19

Willian Matos

27/08/2020 9h02

Subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Hage

Hage foi o único da cúpula da Saúde a conseguir habeas corpus. Foto: Renato Alves/Agência Brasília

A defesa do subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, entrou com um pedido de habeas corpus na noite de quarta-feira (26). Hage foi preso preventivamente em uma operação que investiga fraudes na compra de testes de detecção da covid-19 no Distrito Federal.

Para a defesa de Hage, a decisão do Ministério Público (MPDFT) “não possui fundamentos mínimos que possam sustentá-la” e não há “nada que aponte para sua participação em suposto esquema de compras fraudadas.”

A defesa cita ainda e-mails trocados entre os suspeitos das fraudes e alega que “não há um único enviado ou recebido por Eduardo”. O estafe finaliza a nota divulgada nesta quinta (27) afirmando que “espera e confia em sua pronta libertação”.

Vaquinha pró-Hage

Entidades de saúde pública, médicos e ex-ministro da Saúde se mobilizaram contra a prisão de Hage criando uma “vaquinha” virtual para custear a defesa do epidemiologista. Até a manhã desta quinta (27), o financiamento já havia arrecadado mais de R$ 38 mil.

Há contribuições do ex-ministro de Saúde Agenor Álvares, do ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde Wanderson Oliveira e do atual vice-diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), Jarbas Barbosa, entre outros pesquisadores da área de saúde.

Operação

Na manhã de terça-feira (25), o secretário Francisco Araújo e outros cinco membros da saúde do DF foram presos preventivamente. Todos são investigados pelo MPDFT em operação que apura fraudes na compra de testes de detecção do novo coronavírus.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Procuradoria-Geral de Justiça do MPDFT, alguns servidores estariam se organizando para fraudar licitações e comprar testes IgG/IgM de baixa qualidade e com preços superfaturados.

As pessoas presas (25) são:

  • Eduardo Hage, subsecretário de Vigilância à Saúde;
  • Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário-adjunto de Gestão em Saúde;
  • Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde;
  • Ricardo Tavares, ex-secretário-adjunto de Assistência à Saúde;
  • Jorge Antonio Chamon Junior, diretor do Lacen.

O subsecretário de Administração-Geral, Iohann Andrade Struck, está foragido.

Foram cumpridos outros 44 mandados de prisão, expedidos pelo desembargador Humberto Uchoa, em oito estados brasileiros: Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia.

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