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Brasília

Curso atualiza protocolo sobre cuidados a pacientes com sífilis

Debate reflete preocupação com disseminação da doença e negligência no tratamento

Marcus Eduardo Pereira

08/09/2019 12h06

Profissionais da atenção primária e especializada da Região de Saúde Sudoeste debateram o novo protocolo do Ministério da Saúde que atualiza as normas sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com sífilis. A atualização aborda a sífilis adquirida, em gestantes, a congênita e aquela em que a criança foi exposta à doença.

O curso foi dirigido aos profissionais da atenção primária à Saúde, médicos e enfermeiros dos hospitais regionais de Taguatinga e de Samambaia que atuam em centros obstétricos, maternidades, neonatologias, ginecologia e pediatria. O debate foi realizado durante toda o dia na última quinta-feira (5).

“A região está promovendo capacitações e uma formação continuada para os profissionais, atualizando os servidores para que estejam cientes das novas diretrizes do Ministério da Saúde. Essas ações fazem parte do Acordo de Gestão Regional e visa a melhoria dos indicadores”, informou a superintendente da Região de Saúde Sudoeste, Lucilene Florêncio.

A chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Atenção Primária, Kelly Coelho, lembra que “o protocolo é criado pelo Ministério da Saúde e determina as diretrizes a serem seguidas”. “O intuito da atualização dos profissionais da atenção primária e das especializadas é diminuir o risco de transmissão, reforçar os tratamentos e qualificar as notificações da doença”, explica Kelly.

Entre os problemas que a sífilis congênita pode trazer para o feto estão o aborto espontâneo, o parto prematuro, a má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e morte no instante do nascimento.

O diagnóstico da sífilis é feito por meio de teste rápido, que fica pronto em 30 minutos e é um dos realizados pelas gestantes durante o pré-natal. Todas as unidades básicas de saúde (UBS) da região dispõem de teste rápido para a doença.

Infecção

De acordo com o Ministério da Saúde, a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).

Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou o parto.

O acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais, durante o pré-natal, previne a sífilis congênita e é fundamental para o enfrentamento à doença.

Diagnóstico

O teste rápido de sífilis está disponível nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Prático e de fácil execução, faz a leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos e sem a necessidade de estrutura laboratorial. Esta é a principal forma de diagnóstico da doença.

Nos casos de resultados positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico. O tratamento é feito com antibióticos, receitados pelo médico e aplicado em unidades básicas de saúde.

Com informações da Agência Brasília

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