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Brasília

Cristiomario, do PSL, saca arma próxima a colégio eleitoral e é detido pela PMGO; ‘perseguição’, aponta candidato

Em vídeos recebidos pelo Jornal de Brasília, o concorrente à Prefeitura desce de um carro preto e retira o material bélico do coldre

Olavo David Neto

15/11/2020 16h28

Foto: Reprodução/Material cedido para o Jornal de Brasília

Foto: Reprodução/Material cedido para o Jornal de Brasília

Uma confusão marcou o domingo de votação em Planaltina, no Entorno do DF. Candidato pelo Partido Social Liberal (PSL), o delegado da Polícia Civil (PCGO) Cristiomario Medeiros foi flagrado ao sacar uma arma nas redondezas de um colégio eleitoral do município. Em vídeos recebidos pelo Jornal de Brasília (veja abaixo), o concorrente à Prefeitura desce de um carro preto e retira o material bélico do coldre. Uma mulher filmou a ação e chegou a ser agredida por Medeiros, que se incomodou com a gravação.

A Polícia Militar (PMGO) deteve o candidato, que, segundo diz, está em casa esperando o resultado da votação. De acordo com ele, foi registrado um Boletim de Ocorrência em seu desfavor. Nos vídeos, é possível ainda ver o momento em que dois homens descem de um carro adesivado da campanha de Cristiomario e agridem transeuntes, que clamam pela intervenção da PM. Em outro registro, já com a corporação militar controlando a situação, ele grita “ele me chamou de ladrão! Eu sou ladrão?”, diz, em meio à escolta policial. O último registro recebido pela reportagem mostra o comboio de viaturas do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) da corporação.

Conforme Medeiros, a ação foi uma espécie de emboscada dos opositores. Em contato com a reportagem, ele alegou que foi perseguido por cerca de dez quilômetros antes de descer do veículo armado. “Infelizmente a Justiça Eleitoral permitiu aos candidatos comparecerem na qualidade fiscal. Não houve muita regulação”, aponta Cristiomario. “Numa das escolas [local de votação], houve uma simulação de uma situação, com uma arma. Quando eu saí, fui perseguido por uns 10km e umas pessoas impediram que eu entrasse no local de trabalho”, defende-se ao JBr.

Segundo disse, não foi algo isolado. “Eu fui perseguido várias vezes durante o dia, por esse mesmo pessoal. Foram sete escolas, mais ou menos, que eles vieram atrás de mim”, defende-se o pesselista. “Imagino que eles estavam querendo armar isso e eu acabei não percebendo antes”, atenta. Em entevista ao JBr. na última quarta-feira (11), Cristiomario declarou que há semelhanças entre ele e o presidente da República, Jair Bolsonaro (eleito pelo PSL, hoje sem partido). “A gente pensa parecido no discurso. Família, escolas militarizadas, tudo isso a gente tem em comum”, comentou o candidato, até então líder nas pesquisas de opinião.

Veja imagens:

Principal concorrente de Cristiomario, o professor Zenilton da Costa (PL) lamentou o ocorrido. “Ele travou guerra com todo mundo, passou a campanha trocando agressões, fazendo-se valer da força bruta”, comenta o docente. “Nossa campanha foi feita com esperança, vai ficar na história de Planaltina. Por isso não me senti acuado em momento algum, eu respeito o adversário, coisa que ele [Cristiomário] não fez”, crava ao Jornal de Brasília.

Em meio à entrevista, Zenilton foi cumprimentado por populares e afirmou que isso se deve a um novo tema principal do pleito, em relação às últimas Eleições Gerais. “Em 2018, todo mundo votou com base na segurança, e isso elegeu governadores e até o presidente; agora, estão votando pela educação, por um futuro melhor”, finaliza o candidato liberal. Apesar da confusão, Cristiomario se diz confiante na vitória.

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