Vítor Mendonça e Willian Matos
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O velório do padre Kazimerz Woju, conhecido como padre Casemiro, é realizado nesta segunda-feira (23). O corpo chegou à Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte, durante a manhã.
A primeira das duas missas do dia começou às 10h. A cerimônia de corpo presente reuniu cerca de 700 pessoas, divididos entre fiéis, padres, diáconos e seminaristas. O governador Ibaneis Rocha também ao velório. A família, no entanto, não conseguiu comparecer.
Pesar
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), declarou o pesar da perda do sacerdote. “É uma tragédia para toda a comunidade do DF e, principalmente, para a comunidade religiosa”. Ele acredita que a insegurança nas redondezas tem sido a principal pauta no momento. “Já conversei com o secretário de Segurança Pública e teremos de reforçar a segurança não só nas igrejas, mas em todas as áreas. Tivemos uma queda nos índices, mas isso não está refletindo na sensação de segurança da população”.
“Que o padre Casemiro seja um exemplo na nossa cidade de dedicação, trabalho e amor aos fiéis. Para nós, fica o sentimento de tristeza.”
O padre que conduziu a cerimônia, Júlio César Gomes, pároco da Igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Sobradinho, afirmou que o padre era como uma carta. “Por fora parecia ser rude, mas quando aberto, só havia ternura”.
O ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, também compareceu à cerimônia.
Assassinato
O sacerdote Kazimerz Wojn, conhecido como padre Casemiro, 71 anos, foi morto após a celebração de uma missa no último sábado (21). Casemiro se dirigia ao terreno da paróquia, quando foi abordado pelos suspeitos de terem cometido o crime.
O padre foi enforcado com um arame farpado. Ele foi encontrado com mãos e pés atados, o objeto no pescoço e uma lesão na cabeça. O caseiro do local foi rendido durante a ação dos suspeitos, que teriam permanecido por cerca de três horas na paróquia.
A Polícia Civil do DF (PCDF) trabalha com a suspeita de latrocínio (roubo seguido de morte), uma vez que os homens invadiram a paróquia munidos de equipamentos como pé-de-cabra, makita, barras e picaretas. A igreja contava com cofres modernos.
Agentes da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), que cuida do caso, já têm nomes de suspeitos, mas eles não serão divulgados a princípio para que as investigações não desandem. A polícia tem, também, imagens da movimentação dos suspeitos.