Menu
Brasília

Cooperativas voltam a funcionar após 3 meses

Associações apresentaram planos de segurança e prevenção exigidos pelo GDF

Larissa Galli Malatrasi

25/06/2020 6h14

Quatro cooperativas de reciclagem no Distrito Federal já voltaram ao trabalho depois de quase três meses de atividades paralisadas em razão da pandemia. As cooperativas R3, que atua em Santa Maria, Recicle a Vida, que atende a região de Samambaia, CRV (Lago Norte e Varjão) e Coopere (Riacho Fundo I e II) apresentaram os planos de segurança e prevenção de risco exigidos pelo Governo do Distrito Federal e tiveram os documentos aprovados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde do DF e pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). A cooperativa Vencendo Obstáculos, que atende o Cruzeiro Velho, também teve o plano de segurança aprovado e está adiantada nas preparações para reiniciar o serviço.

“Os planos foram considerados aptos do ponto de vista sanitário e laboral. Agora a Vigilância Sanitária está indo no local vistoriar o segmento”, informou a Secretaria de Saúde em nota enviada ao Jornal de Brasília. Até o momento, já foram realizadas três visitas . A pasta também ressaltou que das 23 cooperativas registradas, 20 já enviaram o plano de segurança e 19 já foram analisados com aprovação e encaminhados ao SLU.

O SLU informou que dá apoio operacional para as cooperativas de reciclagem que já estão em atividade e esclareceu que a coleta seletiva continua paralisada.

A autarquia reforçou que “sempre trabalhou com protocolos de segurança, uma vez que sempre considerou o fato de os resíduos sólidos serem materiais potencialmente contaminantes”. O SLU busca, então, aperfeiçoamento e intensificação dos protocolos para que a volta da coleta seletiva seja realizada de forma segura em todo o DF.

No plano de segurança da cooperativa Recicle a Vida foram elaboradas normas para proteger os trabalhadores. “Além do uso obrigatório do equipamento de proteção individual, como luvas, botas e agora a máscara, nós afastamos os cooperados que fazem parte dos grupos de risco, intensificamos a higienização do ambiente e do caminhão, instalamos lavatórios móveis para facilitar a higiene dos cooperados e adotamos o revezamento e distanciamento nas esteiras e no refeitório”, exemplificou Cleusimar Andrade, presidente da cooperativa.

Um dos desafios, segundo Cleusimar, foi a implementação da quarentena dos resíduos. Os cooperados fazem a coleta porta a porta no caminhão da cooperativa já preparado para que os trabalhadores não entrem em contato com os resíduos, mas, antes de começarem o trabalho de reciclagem, é preciso deixar o material coletado de quarentena por pelo menos 48h para diminuir o risco de contaminação. “Tivemos que reorganizar o pátio para garantir um espaço para deixar os resíduos em quarentena, sem que nenhum cooperado entre em contato”, explicou.

O serviço estava liberado para funcionar desde o dia 30 de maio, quando um decreto do governador Ibaneis Rocha autorizou a continuidade das atividades de coleta seletiva, o recebimento e a triagem de resíduos sólidos recicláveis nas Instalações de Recuperação de Resíduos e a triagem de resíduos nas usinas de compostagem do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), desde que os prestadores de serviço apresentassem um plano de segurança.

O serviço de coleta seletiva e reciclagem no DF foi paralisado no dia 20 de março para evitar o contágio dos catadores de materiais recicláveis pelo novo coronavírus. O SLU constatou uma redução de quase 4% no recolhimento de resíduos no mês de abril.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado