Nesta terça-feira (28), três presos fugiram do bloco 1 do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda. Os detentos cavaram um buraco e se evadiram durante a madrugada.
Os três presos são Roberto Barbosa dos Santos, André Candido Aparecido da Silva e Carlos Augusto Mota de Oliveira. Confira mais informações:
- Roberto tem 41 anos e, antes de se tornar detento, tinha endereço em Samambaia Sul. Cumpre pena por estelionato e formação de quadrilha. Foi preso em março de 2019 em regime provisório;
- André é um ano mais novo. O endereço não foi especificado (levantou-se Samambaia e Águas Lindas de Goiás-GO). Foi preso em agosto de 2019 em regime provisório pelos crimes de tráfico de drogas, receptação e desacato;
- Carlos Augusto tem 43 anos. Morava em Sobradinho. Cumpre pena por latrocínio. Foi preso em setembro de 2019 em regime provisório.
Todos foram classificados no nível 3 de periculosidade. O nível 3 refere-se a periculosidade alta, que diz respeito a detentos “cujas práticas delituosas envolvam um maior grau de organização ou sofisticação, em especial aqueles ligados a quadrilhas de extermínio, roubo, e furto de veículos, roubo a bancos, transportadora de valores e assemelhados, extorsão mediante seqüestro e de vultoso tráfico de entorpecentes”.
Conto do achadinho
Roberto Barbosa dos Santos já foi preso pelo “conto do achadinho”. Também chamado de “golpe da saidinha”, “conto do paco”, entre outros, o golpe funcionava da seguinte forma: um grupo criminoso deixava uma isca (geralmente dinheiro ou carteira com documentos) à mostra para a vítima. Ela, então, localiza e procura o dono, que, na verdade, é um dos criminosos.
Como forma de agradecimento, o dono do pertence diz que dará uma recompensa à pessoa que achou o item, pedindo a ela que acompanhe até um local onde o valor será pago. Neste momento, o grupo rouba a vítima.
Os membros do grupo foram presos em agosto do ano passado. No entanto, Roberto conseguiu fugir da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), mesmo de algemas. Ele chegou a pegar um ônibus coletivo, dizendo ao motorista que havia sido sequestrado e que colocaram as algemas nele.
Fuga
O complexo não registrava uma fuga há quatro anos. No dia 21 de fevereiro de 2016, 10 detentos da Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF 1) fugiram durante a chamada feita pelos agentes penitenciários, conhecida como “confere”.