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Brasília

Complexo hospitalar norte-americano pode se instalar no DF

Governo negocia com uma rede internacional de hospitais a construção de empreendimento na capital, o investimento na cidade está previsto em R$ 3 bilhões

Lucas Valença

07/05/2020 6h12

Ruy Coutinho. Fotos Paulo Henrique Carvalho/ Agência Brasília

Na tentativa de transformar o Distrito Federal em uma referência em saúde no país, o governo local, por meio da secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho, avançou nas tratativas com o grupo norte-americano Healthcare & Technology (HC&T), controladora de uma rede de hospitais especializados no mundo, para a implementação de um novo complexo na capital. Caso venha a se concretizar, o investimento na cidade está previsto em R$ 3 bilhões.

Um memorando de entendimento entre a HC&T, a pasta palaciana e o Banco de Brasília (BRB) foi assinado na última terça-feira e deve dar início a um esforço para a implementação de um novo complexo hospitalar, com produção científica avançada. A intenção é de transformar Brasília em uma referência latino-americana no atendimento médico, como explicam fontes.

O planejamento inicial, segundo integrantes do governo, é de que o grupo instale, nos próximos cinco anos, quatro grandes hospitais na cidade. Centros de pesquisa e escolas especializadas, ligadas a universidades norte-americanas, também devem ser montadas e incentivadas no local.

A área para a instalação do empreendimento, no entanto, ainda não foi definida, mas já há estudos da possibilidade de o complexo ser montado em um terreno público próximo ao Park Shopping. Por esta razão, Izidio Santos, presidente da Terracap, já foi incluído nas conversas e há uma expectativa de que a empresa possa avaliar positivamente a utilização da área por conta do espaçamento de 164 mil m².

A previsão é de que o grupo estrangeiro inicie a construção das obras com um investimento inicial de pouco menos que R$ 500 milhões, sendo que aproximadamente R$ 150 milhões devem ser aplicados pelo BRB, que foi apresentado ao projeto elaborado pelo grupo na segunda-feira.

O banco também deve ficar responsável por coordenar as operações financeiras que complementem o restante dos valores.

A ideia, portanto, é que em cinco anos as operações já estejam funcionando com a arrecadação de cerca de R$ 530 milhões em impostos anuais a partir do funcionamento, com a geração de, ao menos, segundo representantes do GDF, 10 mil empregos diretos e 30 mil indiretos. A possibilidade de produção científica na região está sendo entendido como o diferencial do empreendimento.

As conversas iniciais com os possíveis investidores aconteceram em novembro de 2019, quando o governador Ibaneis Rocha (MDB) chegou a ser apresentado a um pré-projeto do complexo. Desde então, o Buriti tem conversado com o grupo, que já providenciou uma consultoria jurídica para ajudar nos trabalhos.

Também está sendo acordado que 20% da área total venha a ser destinado a atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Todos os termos e especificações ainda serão negociados, mas a percentagem de cada hospital (totalizando 20%) já está posta.

Por conta da crise mundial causado pelo coronavírus, as negociações estão sendo feitas de forma remota.

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