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Brasília

Comércio deve ter queda sem desfile neste feriado

Hospedagens na capital caíram em 80%, aproximadamente

Vítor Mendonça

06/09/2020 19h37

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Em razão da não comemoração tradicional para o feriado de 7 de setembro no Distrito Federal, marcado pelo desfile em comemoração à independência brasileira na Esplanada dos Ministérios, a expectativa do comércio para vendas e consumo é baixa. Em razão da pandemia do novo coronavírus, turistas e moradores da cidade que costumavam ir a bares, restaurantes e hotéis durante o período não devem circular pela cidade.

É o que acreditam os representantes do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) e Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista). A data, segundo as entidades, ajudava a atrair clientes para almoços, lanches, turismo e compras, uma vez que em média 20 mil pessoas costumavam ir ao centro para assistir ao desfile da pátria.

“Quando tem desfile, as pessoas costumam ir aos bares e restaurantes, mas esse ano talvez seja como um dia de domingo normal, porque não teremos a comemoração. Pode ser que o pessoal saia para tomar uma cerveja a mais, mas não deve alterar muito não”, afirmou o presidente do Sindhobar, Jael Antônio da Silva.

No setor hoteleiro, do qual Jael também é representante, “normalmente havia uma maior visitação”, segundo ele. Este ano, com a pandemia e a não realização do desfile, a queda nas reservas e estadias de turistas na cidade caiu em aproximadamente 80% em comparação com o ano passado. “O desfile atrai autoridades, pessoas de outros estados interessadas em participar e ver o presidente, e também quem está nas redondezas [do centro]. Sem ele, praticamente não houve incremento nenhum”, comentou.

Para Sebastião Abritta, vice-presidente do Sindivarejista, não haveria muitos motivos para o brasiliense sair de casa para os mesmos motivos que anteriormente devido ao desfile. “Com certeza o não desfile presencial vai atrapalhar. O 7 de setembro é muito tradicional [e a cidade receberia muitas pessoas], principalmente porque o feriado é prolongado, por cair em uma segunda-feira. Os turistas não vieram e quem é de Brasília aproveitou para ir a alguma chácara ou fazenda ao redor”, acredita.

A maioria das lojas de rua no centro da capital deverão fechar as portas, segundo Abritta. Os comércios que deverão receber maior quantidade de circulantes poderão ser o shoppings da capital. Eles permanecerão abertos entre 12h e 21h, de acordo com o representante, com exceção do Park Shopping, no Guará, que abrirá uma hora mais cedo, às 11h. “Mas podemos ter uma surpresa no movimento”, disse.

O que muda no feriado

De acordo com informações do Governo do DF, permanecerão fechadas as agências do Na Hora, do Detran-DF, do Trabalhador e os Restaurantes comunitários. O transporte público funcionará de 7h às 19h, com tabelas de horário, frota e trajetos iguais às de domingo. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) atuará normalmente e a Ceasa estará aberta das 4h30 às 17h. As agências de bancos no DF deverão manter as fechadas, com funcionamento apenas dos terminais de autoatendimento, de 6h às 22h.

Na Saúde, estarão fechadas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Ambulatórios, Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e Hemocentro. Funcionam normalmente durante 24h, porém, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e emergências de Hospitais.

Para quem deseja ir aos shoppings, o cinema ainda não é uma opção. Apesar do decreto publicado na última quinta (3) autorizar a reabertura, a Secretaria de Cultura informou que “os equipamentos públicos desta natureza ainda não retornarão às atividades de imediato, pois precisam se adequar às regras de segurança sanitária e higiene”. As companhias de cinema afirmam que não abrirão antes do dia 10.

Outra opção para quem busca lazer são os passeios em parques do DF. O GDF afirma que funcionarão normalmente as unidades do Ibram, entre 6h e 21h, e os parques regionais, das 5h às 21h.

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