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Brasília

Cirurgia inédita no Hospital de Base pode revolucionar medicina brasileira

Técnica alemã de tratamento de infecção protética diminui procedimentos realizados para maior conforto dos pacientes

Marcus Eduardo Pereira

09/07/2019 19h15

Atualizada 12/07/2019 8h02

Da Redação
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Após passar por uma cirurgia para colocação de prótese há seis meses, uma paciente de 47 anos teve uma infecção e precisou fazer uma reabordagem cirúrgica, inédita no Brasil.

O tratamento de infecção protética, como é conhecida a cirurgia, aconteceu nessa segunda-feira (08/07), no Hospital de Base. O ortopedista, Mário Soares, foi o responsável pela realização do procedimento, após ter permanecido nos últimos três meses treinando a técnica e o tratamento em Hamburgo, na Alemanha.

A técnica utilizada serve de alento para os pacientes que sofrem dessa infecção. Usualmente, é feita uma cirurgia em dois períodos, com a retirada da prótese, análise do material colhido, antibióticos e a recolocação.

No procedimento inédito, apenas uma intervenção é realizada. “Em uma cirurgia de quatro horas, retiramos a prótese, fizemos a limpeza da área infectada e necrosada e, em seguida, inserimos a nova prótese definitiva, sendo que, o tratamento segue agora com antibiótico e será feito por, no máximo, 14 dias”, afirmou Mário Soares.

O especialista acentua que a cirurgia inovadora reduz o sofrimento do paciente, pois será submetido a somente um procedimento e não terá limitações de movimentos entre outros benefícios. Para as instituições que financiam esse tratamento também é um ganho devido à economia de recursos.

“A partir dessa técnica, estamos escrevendo um novo capítulo na história da ortopedia. Pois, além de beneficiar o paciente, que já pode andar no dia seguinte, terá menos efeitos adversos devido ao uso reduzido de antibióticos, e, inclusive, pode ser desospitalizado de forma mais célere, também, traz menos gastos para a instituição e a taxa de erradicação da infecção é maior que 90%, sendo até melhor que a cirurgia em dois estágios”, complementa.

Vanguarda

Para o diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) responsável pelo gerenciamento do Hospital de Base, Francisco Araújo, a cirurgia de vanguarda só foi possível porque a unidade de saúde conta com boa infraestrutura.

“Essa cirurgia é um exemplo perfeito dessa nossa busca. Conseguimos aliar o profissionalismo de um especialista dedicado e pró-ativo, com a disponibilidade de insumos de qualidade obtidos através de contrato de compras transparente e que abastece de forma satisfatória o HB.”

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