Matheus Venzi
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Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) resultou no cancelamento de 3.605 cadastros do programa Bolsa Família no Distrito Federal. Segundo o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (4), a principal irregularidade encontrada foi a subdeclaração de renda. Em outras palavras, os beneficiários omitiram os rendimentos verdadeiros, o que pode ter gerado prejuízo de R$ 14,7 milhões em dois anos.
O número de cadastros cancelados corresponde a cerca de 4% das 84.769 famílias atendidas pelo Bolsa Família no DF. Além dos cancelamentos, 11.046 famílias da região tiveram os seus registros bloqueados por tempo indeterminado.
O critério para cancelar ou bloquear foi baseado na renda original do grupo beneficiado. Se a quantia é maior do que meio salário mínimo, o registro é cancelado. Se a família possui a renda per capita entre R$ 170 e meio salário mínimo, é feito o bloqueio até o recadastramento daquele usuário.
O levantamento também revelou casos de pessoas com bens patrimoniais incompatíveis com a necessidade de receber a bolsa. O mais curioso é que até servidores públicos estavam entre os favorecidos pelo auxílio. As fraudes foram encontradas em todo país, totalizando 346 mil famílias com suspeitas de terem falsificado a declaração de renda durante a inscrição no programa. Cerca de R$ 1,3 bilhão foram pagos indevidamente.
De acordo com a CGU, os beneficiários que tiverem a irregularidade comprovada serão responsabilizados e poderão devolver o valor obtido e até mesmo a impossibilidade de retornar ao programa por um ano
