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Brasília

Célula do PCC alugou casa em Taguatinga para receber membros

Grupo vinha tentando se firmar no Distrito Federal depois que a alta cúpula foi transferida para os presídios locais. Veja o contrato do aluguel

Redação Jornal de Brasília

07/01/2020 12h42

Lucas Neiva e Willian Matos
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Uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) alugou um imóvel em Taguatinga para receber membros e familiares dos membros da facção vindos de outros estados, além de advogados que trabalham para o grupo. 

O imóvel estava alugado em nome de uma mulher, ainda não identificada, mas com RG do DF, há cerca de 10 meses — o contrato foi firmado no dia 15 de março de 2019 e tinha validade de um ano. O valor do aluguel é de R$ 1,2 mil mensais caso pago até o dia 20 de cada mês, sujeito a multa em caso de atraso. Por conta das investigações, o endereço completo  foi preservado pela Polícia Civil.

Comprovantes dos pagamentos de março de 2019 até então.Imagem cedida ao Jornal de Brasília pela PCDF

 

De acordo com as investigações, a mulher que assinou o contrato como locadora do imóvel é uma advogada ligada ao PCC. Primeiramente, a facção tentou se alocar em regiões administrativas mais luxuosas, como Lago Norte, Lago Sul e Jardim Botânico, para não levantar suspeitas. No entanto, Taguatinga foi a cidade definida.

A proprietária do imóvel, com RG do Rio Grande do Sul, ainda não teve o nome divulgado.

Operação Guardiã 61

A Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac) da Polícia Civil (PCDF) deflagrou nesta terça-feira (7) uma megaoperação contra a consolidação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Distrito Federal. Eles estariam trabalhando para desenvolver e consolidar a organização no DF pelo fato de a alta cúpula da facção estar cumprindo pena no Presídio Federal de Brasília há cerca de um ano.

A operação foi batizada de Guardiã 61. As investigações vêm sendo realizadas há cerca de um ano, após uma juíza receber um bilhete enviado por um membro de dentro do presídio. 

Ainda segundo os investigadores, o grupo tem núcleos específicos de atuação: uma parte se dedicava a crimes de roubo e tráfico de drogas, enquanto a outra articulava a consolidação do grupo no DF. Os criminosos contavam com auxílio de advogados, além de outros presidiários e ex-presidiários.

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