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Brasília

CEB mira plano de demissão para reequilibrar as contas

A primeira medida foi a revisão dos contratos com fornecedores e a tentativa de receber R$ 646 milhões devidos por clientes através do programa Recupera

Marcus Eduardo Pereira

24/09/2019 5h23

CEB FOTO : ROSY SANTOS / JORNAL DE BRASILIA DATA : : 20/06/2019

Catarina Lima
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O processo que vai permitir a privatização de 51% das ações da Companhia Energética de Brasília (CEB) deve estar concluído até o final do primeiro semestre de 2020. Nos próximos meses, o presidente da empresa, Edison Garcia, correrá contra o tempo para cumprir o acordo firmado em 2017 com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para equilibrar a receita e a despesa da estatal, conseguindo, assim, uma economia final de R$ 1,1 bilhão.

Garcia lembrou que, se o acordo não for cumprido, haverá uma quebra de compromisso pelo segundo ano consecutivo – o primeiro foi em 2018 – e a empresa poderá perder o contrato de concessão para fornecimento de energia elétrica. É preciso uma redução de custos de, pelo menos, R$ 400 milhões.

A primeira medida foi a revisão dos contratos com fornecedores e a tentativa de receber R$ 646 milhões devidos por clientes através do programa Recupera. “Averiguamos que 22% dos clientes tinham dívidas com a empresa. Por isso lançamos uma campanha para a negociação de débitos existentes até 2018.”

Com relação aos contratos com os fornecedores, cada acordo foi revisto em busca de redução de valores. O resultado obtido até julho deste ano é uma economia R$ 20 milhões pela CEB Distribuidora. “Fizemos uma grande pesquisa para estipular o valor de um produto, mas na hora da compra esse valor pode diminuir, gerando desconto no valor estipulado na licitação”, avaliou o presidente.

A Aneel estipulou que a CEB deve ter uma folha de pagamento de R$ 160 milhões, mas desembolsa R$ 240 milhões com 914 empregados. Como alternativa está em estudo um plano de demissão voluntária. Além do excessivo gasto com pessoal, os empregados têm benefícios definidos em acordo coletivo e não podem ser retirados como auxílio treinamento, que dá ao empregado o direito de receber 80% do valor de qualquer curso em que esteja matriculado.

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