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Brasília

Carnaval: saiba como fugir de intoxicação alimentar causada por comida de rua

Mesmo o petisco mais simples pode causar grande intoxicação e produtos alimentícios de rua são comumente expostos a perigos químicos, físicos e biológicos

Redação Jornal de Brasília

24/02/2020 12h03

Foto: Breno Esaki/SES

Na época de Carnaval, em que a alimentação na rua aumenta, é preciso redobrar os cuidados. Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), é importante que os foliões busquem consumir alimentos mais frescos e, se forem comer na rua, escolha locais limpos, dando preferência a consumir itens que possam ser preparados na hora. 

Mesmo o petisco mais simples pode causar grande intoxicação alimentar e produtos alimentícios de rua são comumente expostos a perigos químicos, físicos e biológicos, trazendo risco iminente de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs). Essas, por sua vez, representam grave problema de saúde pública. 

“No comércio das comidas de rua, os alimentos são frequentemente armazenados em carrinhos ou caixas isotérmicas, em temperaturas inadequadas, que favorecem a multiplicação de micro-organismos patogênicos”, explica o gerente de Alimentos da Vigilância Sanitária, André Godoy. “Também são preocupantes as condições sanitárias do ambiente de preparo desses alimentos e do armazenamento, que são desconhecidas do consumidor e da Vigilância Sanitária.”

Exposição perigosa

Segundo Godoy, as matérias-primas ficam comumente expostas a fontes de contaminação, como fumaça de veículos, poeira, insetos e animais. “O ambulante, no geral, não tem acesso a um sistema de abastecimento de água tratada, dificultando a higienização das mãos e/ou dos utensílios utilizados para o preparo dos alimentos”, observa.

Em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), a Vigilância Sanitária fez a análise de marmitas vendidas na rua acondicionadas em embalagens térmicas e constatou que 40% das amostras já apresentavam coliformes fecais e bactérias patogênicas, condições que as tornavam impróprias para o consumo humano no início da distribuição.

Refeições prontas em marmitas, carnes de todos os tipos – inclusive frescas –, peixe, leite, ovos e queijos (com exceção dos bem curados, como parmesão, minas, etc) são exemplos de alimentos não permitidos para ambulantes.

Orientações

O mais indicado nos dias de festa é consumir frutas e tomar bastante líquido. De acordo com o gerente de Alimentos, durante o Carnaval, o churrasquinho é aceitável, mas as carnes, antes do cozimento, deverão estar congeladas ou refrigeradas e protegidas.

Algumas bactérias, ao se multiplicarem em alimentos como queijos e carnes, produzem toxinas – e estas sobrevivem mesmo quando o produto vai ao fogo e as bactérias são eliminadas.

Abaixo, confira uma lista de produtos que merecem atenção apurada:

  • Bebidas clandestinas;
  • Pastéis, mesmo os fritos na hora, devem, quando previamente preparados, estar refrigerados;
  • Salgados prontos devem ser servidos a 60 graus C e não podem estar na temperatura ambiente;
  • Cachorro-quente deve ter o molho também quente;
  • Maioneses, ketchup e molhos prontos devem ser ofertados em sachês individuais. As bisnagas, fora da refrigeração, podem propiciar contaminação.

 

Com informações da Agência Brasília

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