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Brasília

Carnaval: Ibaneis diz que blocos só mudam de local com decisão judicial

Arquivo Geral

19/01/2019 14h04

Bloco Raparigueiros e Baratinha de 2018 (Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília)

 

Jéssica Antunes
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O governador Ibaneis Rocha (MDB) garante que o Carnaval do Distrito Federal será mantido nos moldes dos últimos anos. Ele respondeu ao Ministério Público (MPDFT), que quer delimitar acesso dos blocos de rua para cessar incômodo de moradores. O emedebista acredita que o órgão “está entrando em área que não é dele” e indica: “vai acontecer nos locais que tradicionalmente acontecem”.

“Carnaval tem que acontecer, é algo da sociedade. Cabe a nós, o governo, darmos estrutura para as pessoas. Acho que o MP está entrando de forma atravessada e simplesmente poderia estar tratando de outras coisas. No que depender de mim, vou seguir orientações dos meus técnicos. Quero carnaval com segurança, alegria, limpeza, importunando as pessoas o mínimo possível, mas com todos felizes nas ruas comemorando”, afirma.

O chefe do Executivo local lembra que, em todo o mundo, a festa carnavalesca se tornou “grande tradição turística”, com geração de recursos com pagamento de impostos, geração de emprego e circulação da economia. “É tradição no Rio de Janeiro, em Pernambuco, a comunidade aprende a conviver com isso”, ressalta.

Impacto nas quadras residenciais

Segundo o governador, os blocos só terão que sair dos tradicionais locais se o MPDFT conseguir medida judicial que impeça isso. Na quinta-feira (17), os órgãos públicos estiveram na sede do órgão para discutir a organização do Carnaval 2019. “Como forma de compatibilizar os interesses de foliões e moradores, foi decidido que os blocos ocuparão principalmente as áreas públicas no centro de Brasília, no Setor Comercial e no Setor Bancário. O objetivo é reduzir o impacto nas quadras residenciais”, informou.

A Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC) e as Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) e de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema) cobraram da Secretaria de Cultura a definição dos locais, dos trajetos e dos blocos habilitados, além do número previsto de foliões que devem participar de cada evento.

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