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Brasília

Campus Party: professor explica diferença entre hacker e cracker

Agência UniCeub

19/06/2019 23h40

Atualizada 20/06/2019 9h27

As mensagens trocadas entre do Ministro da Justiça, Sérgio Moro, com o Procurador da República, Deltan Dallagnol, vazadas a partir de reportagens do The Intercept Brasil,  transformaram-se no principal assunto da área de política no país. Na história, o vazamento é atribuído por esses personagens do Judiciário a um “ataque hacker” que teria divulgado a existência dos arquivos. Desde então, emergiu a discussão de quem seria essa fonte e como ela teria conseguido acessar os arquivos. A palavra hacker chegou, por isso, a ser uma das mais citadas nas buscas na internet. Mas afinal, o que é um hacker? E um cracker? 

O professor de tecnologia da informação Rogério Alves explica que, de maneira ampla, o  hacker é alguém que tem muito conhecimento de informática, mas “não comete crime”, enquanto o cracker quebra o sistema de maneira criminosa. Ele ressalta que a invasão do sistema por si só já pode ser considerada um crime e, por isso, o hacker pode ser considerado criminoso da mesma forma. A diferença é que o cracker utiliza a invasão para obter dados e, por exemplo, extorquir as vítimas.

“Boas intenções”

Dentro do universo dos hackers existem subcategorias. O docente citou os white hats e os black hats, mas disse que existem outras várias. Os white hats são hackers com boas intenções. Eles verificam vulnerabilidade de sistemas e avisam as empresas para que as falhas sejam corrigidas. Já os black hats tem ações eticamente questionáveis e burlam sistemas com intenções maliciosas, sendo comparados com crackers.

No caso de Sérgio Moro, o professor levanta dúvidas sobre as habilidades do invasor. Pode ter sido uma pessoa sem tanto conhecimento de informática. Para o professor, na maioria dos casos, pode ter havido falta de prevenção. O melhor, para Rogério, é não ter nada a esconder. Ele afirma que as pessoas não foram educadas para esse mundo digital e que a melhor coisa a se fazer é se informar sobre o assunto. O docente recomenda não armazenar senhas em e-mail, não salvar fotos íntimas na nuvem, não enviar fotos de documentos por aplicativos, entre outras medidas simples para aumentar a segurança.

Para o diretor geral da Campus Party, Tonico Novaes, há uma criminalização da imagem do hacker. “Como em toda atividade, há profissionais bons e outros que não são”. Leia mais

Por Vinícius Heck (Jornal de Brasília / Agência de Notícias UniCEUB)

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