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Brasília

Campanha estimula doação de sangue para manter estoques

Hemocentro informa que 2,3% dos brasilienses são doadores e alerta para falta do tipo sanguíneo O-

Marcus Eduardo Pereira

12/06/2019 6h14

doação de sanguefoto : vitor mendonca

Vitor Macedo
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O mês de junho tem grande relevância no calendário mundial quando o assunto é doar um pouco de si aos outros. No dia 14 deste mês (batizado de Junho Vermelho), sexta-feira, comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue.

A data voltada para a conscientização e convocação de pessoas para a doação é lembrada desde 2005 para afirmar que todo tipo sangue é bem-vindo e necessário para salvar outras vidas.

De toda a população do Distrito Federal, o percentual de doadores regulares de sangue é de 2,4%. Apesar de parecer um número baixo, está dentro dos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece que ao menos 1% da população de um país ou região precise doar.

O levantamento foi feito pela Fundação Hemocentro de Brasília, único banco de sangue público do Distrito Federal, que recebeu cerca de 53 mil doações de sangue no último ano. Entre janeiro e maio deste ano, foram cerca de 22,5 mil contribuições.

Embora os índices estejam bons, o tipo sanguíneo O- ainda precisa de um reforço no Hemocentro. Aqueles que portam esse tipo de sangue recebem senha preferencial nos postos de atendimento da Fundação.

A jornalista Luciana Severo, 49 anos, por exemplo, que é O-, foi doar mais uma vez na última sexta-feira. Ela, que já dependeu de doações durante 30 dias em razão de uma internação, afirma que faz sua parte a cada 5 ou 6 meses.

“Fico pensando no sofrimento dos outros e, desde criança, presto atenção nas campanhas; nunca vi nenhuma delas dizendo que a doação não era mais necessária. Por isso estou aqui”, afirma.

Por outro lado, Maria Celma, 36 anos, empregada doméstica, nunca havia doado sangue. Motivada a partir das campanhas feitas na televisão, ela afirma que se comoveu com a causa.

“É a minha primeira vez, mas não tenho medo. Para mim está sendo como tirar sangue em um exame de rotina, apesar da agulha ser um pouco maior”, brinca.

Doadores passam por triagem e exames

O procedimento para doação é simples: é feita a identificação do doador nos cadastros da fundação e, logo em seguida, uma amostra de sangue é retirada para avaliar índices de glicose, ferro e outras substâncias sanguíneas.

Após essa triagem, o doador passa por uma entrevista, em que perguntas para analisar comportamentos e hábitos são feitas. Todas elas tem base científica e é importante que o potencial doador seja sincero ao fornecer as informações. Os impedimentos de doação nessa fase chegam a 18%.

A última etapa consiste na doação em si, proporcional ao peso do doador. São retirados entre 405ml e 470ml de sangue, aproximadamente. Ao final, é fornecido um lanche balanceado a fim de repor a energia e compensar as perdas no procedimento.A chefe do Núcleo de Captação Registro e Orientação de Doadores, Ana Gabriela Almeida, explica que até 14 de junho os doadores negativos vão receber senhas preferenciais para suprir a ausência deste tipo sanguíneo. Mas ressalta que isso não anula a importância das demais pessoas também doarem.

“Nós precisamos muito que os doadores venham. No mês de julho o Hemocentro tem uma queda no volume da doação. Com o voluntário vindo, antes deste período, pelo menos as hemácias, que têm validade de 42 dias, a gente consegue aproveitar e deixar o estoque abastecido”, afirma.

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