Menu
Brasília

Brasília vive o pico da seca, com mais de 60 dias sem chuva 

Não são apenas problemas respiratórios que se tornam mais frequentes nesta época. Desidratação, infecção urinária e pedras nos rins também podem surgir, principalmente entre idosos e crianças

Redação Jornal de Brasília

06/08/2019 17h59

Redação 
[email protected]

Há mais de 60 dias sem chuva, o período é caracterizado por temperaturas extremas que vão desde mínimas em 17º e durante o dia podem bater até os 30º. O frio e o calor intensos desta época, aliados a baixa umidade do ar – que em dias críticos fica abaixo de 30%, acendem sinal vermelho para os cuidados com a saúde.

Muito além da mudança na paisagem, com o surgimento dos ipês coloridos, os brasilienses sentem no corpo a chegada da seca. Lábios rachados, pele ressecada e aquela dificuldade para respirar. É comum as pessoas associarem este período ao surgimento de doenças respiratórias, mas a população acaba esquecendo de outros efeitos que a seca pode trazer para o organismo.

“O frio característico dessa época, principalmente de manhã e a noite, faz com que as pessoas acabem esquecendo de beber a quantidade indicada de água, isso pode causar alterações nas funções renais e cardiovasculares. A falta de líquidos também pode também facilitar infecções urinárias e formação de cálculos renais (pedras nos rins)”, explica o urologista Carlos Watanabe, da Clínica Verídium, localizada em Brasília.

Sem ingerir a quantidade ideal de água, idosos e crianças estão mais sujeitos a desidratação. Quadro esse que pode se tornar grave, especialmente se não for tratado adequadamente. Os sintomas mais comuns são a urina com a coloração escurecida e redução do volume, letargia, confusão mental, dor de cabeça. No quadro de desidratação, pode se perceber a boca seca e olhos secos, além da queda da pressão e o coração acelerado (taquicardia).

Quanto de água ingerir?

Depende da rotina que você mantém. O médico explica que a quantidade ideal de água depende de vários fatores como peso, idade, grau de atividade física, exposição ao calor e até o tipo de dieta.

“Uma pessoa de 70 kg pode necessitar de cerca de 2,5L de água por dia enquanto que uma pessoa de 50kg necessitará de algo em torno de 1,5L. A alimentação também interfere no balanço hídrico”, exemplifica. Frutas e alimentos ricos em água também contam para melhorar a hidratação.

Atividade Física

Dias mais quentes e secos são os de maior risco para desidratação, especialmente durante os períodos de atividade física. Ao contrário do que se pensa, não é somente durante a prática – que é quando você sente mais sede – que se deve beber água. O indicado é que seja antes, durante e após.

Entre os praticantes de exercícios, quando feita corretamente, a hidratação é fundamental não apenas para evitar o déficit de água no organismo, mas para auxiliar até mesmo na recuperação muscular. “Durante a atividade física perdemos líquido pela transpiração e a respiração. A depender da intensidade da atividade e dos exercícios a necessidade de ingestão de água pode se tornar de 2 a 3 vezes maiores do que o habitual”, orienta Watanabe. Lembre-se de evitar períodos de maior calor para realizar as atividades.

Como dormir?

A dificuldade de dormir é comum nos períodos de baixa umidade do ar. Respirar pode ser mais difícil, principalmente para aqueles que não o fazem corretamente – pelo nariz e não pela boca. Durante a noite, para melhorar o ambiente de descanso e não ficar com a boca e nariz secos, a dica é apostar em umidificadores de ar que podem ajudar a diminuir o desconforto.

Ingerir líquidos de forma regular durante o dia ajuda a proteger contra os efeitos da seca inclusive no período noturno. Evite o uso de ar condicionado neste período, pois pode reduzir ainda mais a umidade do ambiente. Procure manter sempre o ambiente limpo e arejado no período diurno para evitar acúmulo de pó e poeira, o que pode aumentar a chance de problemas respiratórios.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado