A Polícia Civil do Distrito Federal faz uma operação na manhã desta quarta-feira (5) para combater o comércio de munições de uso restrito. São cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária no DF e na cidade do Rio (RJ). As prisões têm duração de 30 dias, podendo ser renovadas por igual período, por se tratar de crime hediondo.

As investigações tiveram início após duas apreensões de munições de calibre restrito advindas do DF e destinadas a integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. O grupo é responsável por  intermediar a venda das munições até sua chegada às favelas do Rio. Entre os presos, há um bombeiro militar que atualmente está cedido para outro órgão.

Na primeira apreensão, no dia 23 de fevereiro deste ano, munições de uso restrito, adquiridas pela Polícia Militar do DF, foram apreendidas no Rio, na posse de E.V.B.. Ele teria transportado, de Brasília para a capital fluminense, 1.030 munições, calibre 5,56 mm; e 499 munições, calibre 7,62 mm. O transporte foi feito por meio de uma empresa de transporte terrestre.

No segundo episódio, foram apreendidas munições vindas do Rio, no dia 2 de junho deste ano, em poder de W.S.P. Segundo a PCDF, o homem conduzia um Fiat/Stilo com 500 munições, calibre 7,62 mm; e 890 munições, calibre 5.56 mm, parte delas vendida para o Comando do Exército e para a PMDF.

As investigações continuam para identificar os responsáveis pelo desvio das munições. Caso seja revelada a participação de algum militar, que agiu no exercício da função, as investigações serão compartilhadas com o Ministério Público Militar para apuração. A PCDF destacou que os nomes dos presos não serão revelados para não prejudicar os andamento das buscas.

A operação foi batizada de Fogo Amigo e contou com o apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Até o momento, há apenas  um foragido.