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Brasília

Asa Sul tem 540 lojas fechadas por crise e pandemia

Na W3 Sul, a quadra 512 é a que apresenta mais lojas paralisadas: 18. Depois, a 507 e a 513, com 16 cada uma

Redação Jornal de Brasília

17/08/2020 12h04

540 lojas comerciais localizadas na Asa Sul estão fechadas por causa da crise econômica e da pandemia da covid-19, iniciada em março. É o que afirma o Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista).

Até o fim de fevereiro, a avenida W3 Sul tinha 144 empresas sem funcionar. Agora, são 175. Aumento de 21,5%, segundo pesquisa do Sindivarejista. Hoje, a avenida W2 Sul apresenta 81 lojas fechadas por diferentes razões. Dentre os tipos de estabelecimentos, estão oficinas, depósitos e outros comércios.

Por áreas, as quadras 100 têm 78 empresas desativadas. As 200, 73. As 300, 63 e as 400, 70. Na W3 Sul, a quadra 512 é a que apresenta mais lojas paralisadas: 18. Depois, a 507 e a 513, com 16 cada uma. A 506 Sul, que até o fim dos anos 70 concentrava bancos e bares, hoje tem 15 empresas desativadas.

Nas quadras comerciais 300, a 306 Sul – antes conhecida por sediar bancos e lojas de tecidos – exibe 8 lojas fechadas, total superado pela 314 Sul: 11.

Nas quadras comerciais 100, a 103 e a 104 Sul empatam com 10 empresas fora de operação cada uma. As únicas com todas as lojas abertas são a 106 e 107 Sul.

Nas quadras 200, a 203 e a 209 Sul têm todas as lojas funcionando. E a 202 e a 206 reúnem 8 empresas desativadas cada uma.

Nas quadras 400, a 410 Sul não há nenhuma empresa fechada, mas a que apresenta mais lojas sem funcionar é a 403 (com 11), seguida pela 407 (com 10). Nas quadras comerciais, cada bloco tem 11 lotes. E na W3 Sul, cada bloco tem 21 lotes.

Justificativa

O presidente do Sindivarejista, Edson de Castro, afirma que “o GDF e o governo federal precisam fazer algo para socorrer as 540 empresas desativadas na Asa Sul”. “É um número assustador e preocupante. Elas significam pelo menos 2,7 mil pessoas desempregadas”, alerta de Castro. “Os recursos disponibilizados até o momento são insuficientes para reerguer o comércio, e a burocracia atrapalha quem busca os bancos oficiais. Pede-se um excesso de papéis dos empresários. Há muitas exigências, o que dificulta o acesso ao crédito”, complementa.

Já o vice-presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, alerta que o total das empresas atingidas pela crise e pela pandemia deverá aumentar “porque não se pode prever quando os efeitos do novo coronavírus vão cessar”. “Os países dependem de vacinas”, acredita.

Os dois dirigentes observam que a W3 Sul vem passando por um processo de revitalização, que deve ser acompanhado de medidas econômicas visando a recuperação das lojas fechadas. “Bem antes da pandemia, muitas empresas encerraram as atividades na W3 Sul e em outras áreas da Asa Sul por causa da falta de segurança, carga tributária, queda nas vendas e escassez de vagas para carros de consumidores. Esse cenário negativo precisa ser revertido visando o desenvolvimento da economia e a geração de empregos e renda” finalizam.

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