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Brasília

Apreensão toma conta da UnB. Serviços básicos podem ser cortados em outubro

Após realizar cortes em diversas áreas, universidade vive tempos de tensão e pode ver serviços básicos, como o fornecimento de água e luz, ser interrompido

Willian Matos

03/09/2019 9h43

Foto: Rayra Paiva Franco/CEDOC/Jornal de Brasília.

Willian Matos
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A Universidade de Brasília vive momentos de tensão e apreensão. Após o bloqueio de R$ 48,2 bilhões em maio, após contingenciamento de recursos do Tesouro, a instituição vê em xeque o fornecimento de serviços básicos, como água e luz.

Estes R$ 48,2 milhões representam um bloqueio de 31% do orçamento. “A falta desse recurso compromete sobremaneira o andamento de nosso planejamento institucional e a execução de atividades cotidianas de manutenção”, diz a UnB em nota.

Em setembro, o pagamento das contas só foi assegurado porque a universidade suspendeu contratos destinados à compra de livros, materiais e insumos, além de ter cortado 30% dos recursos das unidades acadêmicas. 

Mesmo assim, os serviços de água, luz, portaria e vigilância seguem ameaçados em outubro. A diretoria ainda não tem uma solução no caso de os recursos não forem desbloqueados pelo governo.

CNPq

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), responsável pelo pagamento de bolsas de pós-graduação, também está com orçamento considerado baixíssimo. A notícia causa aflição em futuros cientistas, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos que precisam das bolsas para estudar — e só conseguem fazê-lo com o recurso.

Baseada nos bloqueios e cortes, a UnB espera que o governo faça o desbloqueio dos recursos, para que serviços simples sejam assegurados pelo menos nos próximos meses, uma vez que o panorama para 2020 também é desanimador — o orçamento à instituição para o ano que vem está 24% menor do que o de 2019: R$ 1,3 bilhão ante R$ 1,7 bi deste ano.

“Assim, fazemos um apelo a parlamentares e autoridades políticas e gestoras para que se mobilizem pela liberação de recursos para o CNPq e pelo desbloqueio orçamentário, de forma a garantir o pleno funcionamento de nossas instituições e a continuidade da pesquisa de excelência por elas realizada”, diz a universidade. “Também conclamamos toda a comunidade universitária, do Distrito Federal e do país, a se unir na defesa da ciência e da educação, os grandes patrimônios de um país que se pretende desenvolvido”, conclui

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