Da Redação
[email protected]
No sábado (15) aconteceu uma cirurgia inédita de correção de extrofia de bexiga no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A criança que passou pela cirurgia está sendo acompanhada pela equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HCB e apresenta evolução clínica dentro do esperado.
A cirurgia durou 13 horas e contou com cerca de 40 profissionais – médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, instrumentadores e profissionais da farmácia e agência transfusional do Hospital, entre outros. Segundo o cirurgião pediátrico especializado em urologia pediátrica e coordenador de Urologia do HCB, Hélio Buson, “a cirurgia correu muito bem e não houve nenhum evento adverso”.
O menino, que tem 1 ano e 11 meses, permanecerá ao menos 15 dias na UTI; este prazo, porém, pode variar. “Pode ser mais ou até menos tempo, a depender da evolução dele”, explica Selma Kawahara, coordenadora da UTI. Quando deixar a terapia intensiva, a criança será transferida para um dos leitos de internação do hospital. Felizes com o resultado da cirurgia, os pais elogiaram toda equipe e o atendimento do Hospital da Criança de Brasília.
Durante o procedimento, foi empregada a Técnica de Kelley; esta foi a primeira vez que a técnica foi utilizada no Distrito Federal. Segundo o Hélio Buson, essa cirurgia tem significados importantes: “O primeiro é que nós estamos alcançando nosso objetivo, de nos tornarmos, enquanto HCB, uma equipe capaz de realizar cirurgias da mais alta complexidade e com um nível de qualidade de excelência; o segundo, é que essa cirurgia confirma nosso sonho de ter, em Brasília, um lugar com condições necessárias para exercer a medicina de ponta, com as características de medicina terciária”.
Segundo o médico, existe mais um significado. “Essa cirurgia é um exemplo para o país inteiro, de que, com a participação de especialistas brasileiros e trabalhando como uma equipe, temos condição de alcançar praticamente tudo em termos de medicina de alta complexidade. Foi um time completo – cirurgiões, anestesistas, intensivistas, enfermagem, profissionais da agência transfusional”, disse Buson.
Com informações da Agência Brasília.