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Brasília

Antimilitarização: Sinpro deve escolher 4 escolas para contrapor projeto da PM

Arquivo Geral

12/02/2019 15h49

Foto: Vitor Mendonça/Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
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O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) vai selecionar quatro escolas para passar um projeto alternativo à militarização das escolas. Rosilene Corrêa, diretora da entidade sindical, diz que o governador deu sinal verde para fazer o teste. “Reafirmamos nossa posição radicalmente contra (a militarização). Nos colocamos à disposição para que, com as mesmas condições de recursos humanos e financeiros que estão sendo destinadas a essas quatro escolas (com gestão compartilhada com a Polícia Militar), podermos mostrar que há outras formas de fazer diferente, de ter boas condições de trabalho se houver investimento”, diz.

A negociação é fruto de uma reunião dos sindicalistas com o governador Ibaneis Rocha, na manhã desta terça-feira (12).  A discussão será levada à direção do Sinpro para ter início. “O governador diz querer melhoria para a educação. Acreditamos que queira mesmo e nós também queremos. Não só aos professores, mas como um todo. Quando temos boas escolas, são boas escolas também para os professores. Queremos oportunidade de mostrar que se tiver investimento temos condições de fazer algo muito melhor”, defende Rosilene.

As escolas em regime integral são usadas como exemplo de gestão positiva por parte de professores: “Com mais investimentos, com alimentação, aulas no contraturno, tivemos excelentes resultados. Por isso acreditamos que conseguimos”.

Pecúnias

O governador Ibaneis se comprometeu a quitar, no prazo de 90 dias, as pecúnias de professores aposentados vencidas desde 2016. Ele estabelecerá uma nova dinâmica para acertar os pagamentos referentes aos dois últimos anos da gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB).

A primeira grande reunião com a entidade ocorreu no gabinete do governador, no Palácio do Buriti, com a presença do secretário de Educação, Rafael Parente, e de Fazenda, André Clemente. Por cerca de duas horas, os sindicalistas apresentaram os pleitos da categoria que somam mais de cem itens – entre eles o pedido de nomeações, plano de saúde, reajustes e valorização dos professores.

“Uma insegurança da categoria era o tratamento que a nova gestão daria a uma dívida deixada. O governador reafirmou o compromisso de reconhecer essa dúvida (das pecúnias) e não deixar aprofundar esse prejuízo”, declarou Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro. Para ela, porém, mais importante que isso é efetivamente pagar os devidos.

A sindicalista comemorou a abertura do processo de negociação com o novo governo. “Queremos discutir ponto a ponto para ter avanços”. Na próxima semana devem ser discutidos itens como a parcela pendente de reajuste e uma atualização da tabela salarial. “Temos a meta 17 do Plano Distrital de Educação, que estabelece a equiparação salarial com a média das outras categorias, e estamos indo para o quarto ano de congelamento de salário e auxílios saúde e alimentação”, lembra.

Plano de saúde

Pleito antigo dos servidores públicos, a implementação de um plano de saúde parece estar andando. O governo mantém contato com empresas para garantir contrato. As maiores chances de avanço seriam com a Geap. O assunto também foi discutido com os representantes dos professores.

“Uma definição não deve demorar muito. O governo entende a necessidade”, conta Rosilene. De acordo com ela, o benefício pode ser iniciado aos professores “por ser uma das categorias mais adoecidas”. “A cada ano temos mais professores doentes, então é urgente”, valoriza.

 

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