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Brasília

Amor, diversão e muita alegria fazem parte do Carnaval de Brasília

Arquivo Geral

12/02/2018 7h00

Foto: Myke Sena

João Paulo Mariano
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Carnaval é tempo de festa, agitação, divertimento e, claro, amor. Muito amor. Pelo menos é o que pensam e recomendam os foliões que passaram pelos blocos candangos deste fim de semana. Segundo a Polícia Militar, mais de 110 mil pessoas lotaram as ruas da cidade nos primeiros dois dias de folia – 70 mil só no Raparigueiros e Baratona, no Eixo Monumental. Eram casais de todas as idades e solteiros à procura de um “amor de Carnaval” ou apenas com o objetivo de se divertir na folia brasiliense.

A servidora pública Tacila Pires, de 31 anos, e o professor Diego Oliveira, 32, fazem questão de aproveitar o Carnaval da melhor forma possível. E isso vem desde a faculdade, quando se conheceram, ainda na época em que moravam na Bahia. De lá para cá, são anos de companheirismo, amizade e diversão. O fruto desse amor foi a filha de três anos, que, ontem, ficou em casa para que os pais pudessem aproveitar os bloquinhos.

“Viajar está caro e é difícil conseguir folga no trabalho, então o melhor é ficar aqui em Brasília e aproveitar bastante. Em casa que não dá para ficar”, brinca Diego.

Com o agito no sangue, Tacila já frequentou vários carnavais em sua terra natal, Belo Horizonte, e até participou do último desfile de escola de samba em Brasília, em 2014. À época, ela estava grávida e diz que sentia a barriga vibrando com a batida da música.

E os dois ainda pretendem passar muitos carnavais juntos. “Pelo menos mais uns 300”, brinca Tacila, querendo dar mais precisão. Com eles, não tem dessa que amor de carnaval não chega até a Quarta-feira de Cinzas. Para os dois, o melhor é aproveitar não apenas os quatro dias de festa, mas muitos anos, com campanheirismo e carinho. Até mesmo na hora de segurar a cerveja um do outro.

Conselho
Para quem está solteiro, tanto Tacila quanto Diego têm alguns conselhos para dar. Para ela, não é preciso ficar louco para achar alguém para vida toda ou apenas com o objetivo de beijar na boca. “Tudo tem sua hora”. Já para ele, o pessoal precisa deixar de ser tão exigente. Ao falar isso, o marido levou uma “olhada” da mulher.

Não dá para saber se amigas de Samambaia Ana Paula Bonfim, de 27 anos, e Ana Silva, de 31, vão seguir os conselhos do casal baiano. Apesar de solteiras, para elas, o mais importante é curtir a festa. A enfermeira Ana Paula diz que isso pode rolar, mas que não está correndo atrás. “Com o tempo, a gente vai amadurecendo, ficando mais experiente e percebe que tem outras coisas mais importantes”, conta Ana Paula.

Ana Silva nunca tinha participado do Carnaval em Brasília e curtiu muito a estrutura dos blocos e a animação da festa. Essa é a segunda semana acompanhando a folia. A intenção é continuar nesse ritmo até a Quarta-feira de Cinzas. Se estarão solteiras, não sabem, mas o que importa é que conseguirão se divertir bastante. De quebra, elas brincam que o ano no Brasil só começa depois do Carnaval.

Festa tranquila e sem confusão

Neste fim de semana, foram mais de 40 blocos distribuídos por todo o Distrito Federal. Com a segurança feita por integrantes das forças policiais, os foliões conseguiram aproveitar o Carnaval com tranquilidade. De acordo com balanço parcial divulgado pela Secretaria de Segurança, até o fechamento desta edição, a Polícia Civil registrou seis ocorrências, entre elas um furto de veículo e um porte de drogas. De acordo com a Polícia Militar, um ambulante foi detido por desacato a um servidor da Agência de Fiscalização do DF (Agefis).

Com um novo percurso, a Baratona e o Raparigueiros, blocos tradicionais em Brasília, colocaram os foliões para pular no Eixo Monumental. Antes, eles se encontravam no Eixo Sul, no domingo e Terça-feira de Carnaval. Agora, concentram na N1, próximo a Torre de TV, andam pelo Eixo e, próximo ao Palácio do Buriti, partem para o outro lado da pista, a S1. “O Eixão não comportava mais o bloco”, explicou o organizador do Baratona, Paulo Henrique de Oliveira.

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