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Brasília

“Amiga”, cabeleireira enganou idosa durante roubo a apartamento

Arquivo Geral

14/06/2018 13h50

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

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Matheus Venzi
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Após um mês e meio, a 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) concluiu nesta quinta-feira (13) a investigação sobre o roubo a um apartamento na 311 Norte, ocorrido em 8 de maio. De acordo com o delegado-chefe Laércio Rosseto, uma cabeleireira, que era amiga da dona do imóvel, facilitou a açãodos outros dois criminosos. Ela teria deixado a porta da residência aberta para a dupla entrar, vestida com falso uniforme da Polícia Civil.

Segundo Rosseto, Rafaela Cristina Santos de Melo, 31 anos, presa nesta manhã, mantinha uma amizade com a idosa de 79 anos que morava no apartamento. “A vítima, inclusive, em um primeiro momento, nem chegou a desconfiar da suposta colega. Elas tinham uma relação de convívio”, explica. No dia do roubo, Rafaela foi até a residência da vítima e as duas conversaram por um tempo. Depois, as duas decidiram sair e, nesse momento, a cabeleireira resolveu agir.

Desculpa esfarrapada
“Rafaela alegou que tinha esquecido um caderno na casa da idosa. Então, a proprietária entregou a chave do imóvel e pediu para ela subir. Nesse momento, a cabeleireira subiu e deixou a porta destrancada”, expõe o delegado. Quatro minutos depois, a dupla de falsos policiais chegou ao local, acompanhada do porteiro. Eles alegaram para o funcionário do prédio que iriam cumprir um mandado de busca e apreensão, e assim o obrigaram a subir.

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

O porteiro foi rendido pela dupla e ficou preso dentro do banheiro do apartamento. Os homens recolheram vários pertences e depois fugiram. Durante a saída do bloco, eles tentaram apagar as digitais deixadas no elevador. Alex Alves da Silva, 32, e Emerson Lopes Ferreira, 22, também foram presos nesta manhã. Segundo Rosseto, todos são da região de Santa Maria.

A polícia conseguiu recuperar parte dos objetos roubados, relógios e joias. “Os criminosos alegaram que venderam a maior parte. Além disso, o porteiro disse que um dos criminosos estava armado. Entretanto, não encontramos a arma, apenas as munições. Os uniformes falsos também não foram localizados”, comenta. A vítima ainda iria à delegacia, nesta quinta, para reconhecer os bens.

Emerson já tinha passagens por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e receptação. Já Alex tem duas passagens por tráfico de drogas. A dupla e Rafaela serão indiciados pelo crime de roubo com restrição de liberdade e uso de arma de fogo. A pena pode variar de dois a oito anos de prisão. Toda a investigação também contou com o apoio de policiais da 20ª DP (Gama) e da Divisão de Operações Especiais (DOE).

Desconfie sempre
O delegado Rosseto dá dicas de como se prevenir de crimes deste tipo. “É importante sempre desconfiar. Outro fator importante é que os policiais são obrigados a apresentar carteira e distintivo quando se apresentam. Esses itens são difíceis de serem falsificados. Por isso, sempre peça para os policiais mostrarem a identificação”, esclarece.

Ele também chama a atenção sobre a dinâmica do cumprimento de um mandado de busca e apreensão. “Dois policiais é um número muito baixo para se cumprir um mandado. Isso dificilmente vai acontecer”, complementa.

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