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Brasília

Amar ainda vale a pena

Os 50 anos de união de Dimas Ferreira e Coraci Ferreira

Willian Matos

14/06/2019 10h23

Foto: Arquivo pessoal

Da redação
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No sorriso que Dimas Ferreira direciona a Coraci Cardoso Ferreira, mora uma grande gratidão pela parceria que completa 50 anos de história. Ele jornalista/repórter fotográfico, ela jornalista e empresária da área de comunicação, Dimas e Coraci lutaram de mãos dadas contra a falta de recursos financeiros para dar início a uma vida que transcorreu cheia de felicidade.

Não houve tempo para namoro. Se conheceram e se apaixonaram em janeiro de 1969. A paixão era grande um pelo outro. Em maio daquele ano, Dimas convidou Coraci para ir a casa de um amigo em Sobradinho, hoje, Região Administrativa do Distrito Federal.

Com medo do cerco armado pela Policia Civil, o amigo que se chamava José Arimateia chamou Dimas em sua casa comunicando que iria acompanhar os mesmos até a residência dos pais de Coraci. Eles moravam na Vila do Iapi, maior invasão de Brasília à época. Foram poucos meses, que muita gente abriria mão nos dias de hoje, mas que fez o casal lutar pelo que queriam: viver juntos como estão até hoje, neste ano que completam 50 anos de união. O tempo vivido faz o casal olhar para trás e dizer o quanto valeu a pena resistir aos obstáculos.

As bodas de ouro foram comemoradas em Caldas Novas-GO, e não foi à toa. Escolheram o mesmo dia em que disseram sim um para o outro, há exatas cinco décadas. Ele piauiense e ela do Maranhão, o casal tem verdadeiro apreço por Brasília, a Capital de Todos os Brasileiros, criada por Juscelino Kubitschek de Oliveira. Foi aqui que os olhares se cruzaram quando ao amor surgiu. “Naqueles tempos aconteciam muitos bailes, mas foi na casa de amigos, quando haviam eventos com muita música, bebidas e conversas, que nos encontramos pela primeira vez. Começamos a namorar logo no primeiro encontro”, lembra a esposa Coraci Cardoso Ferreira, hoje com 67 anos.

Em 2018, nasceu o desejo de comemorar os 50 anos de união com direito a memórias do primeiro encontro. O desafio era fazer com que tudo acontecesse como naquele dia. No entanto, não foi possível. Pessoas envolvidas naquele dia que o casal guarda na memória não poderiam marcar presença no último dia 12 de junho, Dia dos Namorados, pensado pelo casal para a comemoração. “Normalmente os casais escolhem as sextas, sábados ou domingos, mas como tudo tinha que ser como o do casamento, participamos de uma missa pela manhã e de um culto em plena quarta-feira”, dia dos namorados”, diz Dimas.

Com uma cerimônia de 1 hora e 40 minutos, pessoas que nunca tínhamos visto em nossa vida celebraram o amor. Participar de uma missa 50 anos depois e de culto foi emocionante, lembra Coraci. “Sentimos a falta de pessoas que estiveram conosco há 50 anos. Isso nos deixou um pouco triste”, disse Coraci.

Sentados: Dimas Ferreira e Coraci Ferreira. Em pé, os quatro filhos: Katia, Jacqueline, Micheline e Leonardo

Com quatro filhos, (Jacqueline,49, Kátia,48, Micheline, 45 e Leonardo, 41) e cinco netos (Humberto, 29, Rafael, 10, Laura, 07, Hector, 06 e Amanda, 03), Dimas e Coraci só desejam que o amor perdure por mais algumas décadas. “Hoje em dia as pessoas se casam pensando em uma separação se algo não der certo. Casamento precisa de compreensão, paciência e vontade de superar obstáculos, não se pode desistir no primeiro desafio. Todo mundo é diferente, temos que aprender a lidar com o outro e entender a dificuldade de cada um, isso se chama cumplicidade”.

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