Os remadores brasileiros têm sofrido para chegar ao Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas. Os atletas foram vítimas da violência carioca na última sexta-feira, quando foram alvos de pedras enquanto passavam pela Linha Amarela. E não é só isso que incomoda. O trânsito pesado e o desconforto dos veículos responsáveis pelo trajeto também foram alvo de reclamações.
“Com este caminho, demoramos cerca de 1h30m para ir e mais 1h30m para voltar de cada treino. Perdemos três horas por dia só com o transporte. Estamos ficando cansados. Além disso, esses ônibus são do mesmo tipo das linhas convencionais, sem conforto algum”, protestou o remador Anderson Nocetti.
Segundo Gibran Cunha, também integrante da seleção brasileira, foi pedido para o chefe de missão do remo, Rodney Bernardes, para que pegassem outro caminho até o Estádio. Porém, não houve mudança.
“A justificativa que deram para não mudar o trajeto é que, pelo outro caminho, teríamos que passar pela Rocinha. Além disso, falaram que no percurso pela Linha Amarela é que tem o esquema de segurança para o Pan. Mas, com este caminho, continuamos passando por favelas e ainda corremos o risco de sermos atacados por pedras”, reclamou.