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Brasília

Alunos que produziram plástico a partir de casca de laranja relatam dificuldade na potencialização do projeto

Como reconhecimento da importância da descoberta, a iniciativa foi selecionada para uma competição científica na Malásia que acontecerá em outubro deste ano

Aline Rocha

24/01/2020 17h08

Foto: Material cedido ao Jornal de Brasília/Alexandre Bastos

Após um processo de muita pesquisa e experimentações, estudantes do Centro de Ensino Médio 02 do Gama descobriram que, a partir de alguns procedimentos, a casca da laranja é capaz de formar uma película similar ao plástico. Como reconhecimento da importância da descoberta, a iniciativa foi selecionada para uma competição científica na Malásia que acontecerá em outubro deste ano. Com o objetivo de bancar a viagem até a Malásia, os estudantes criaram uma vaquinha virtual

O bioplástico da casca da laranja durou quase um ano para ser viabilizado. “Começamos a buscar alternativas para a substituição do plástico a partir de produtos que o Brasil produz em abundância, como a laranja. Foram várias as tentativas, testes e dificuldades, mas hoje nós conseguimos chegar a um resultado efetivo”, conta Kazue Nishi, aluna do CEM 02 e participante do projeto Clube de Ciências, idealizado pelo professor Alex Aragão.

Foto: Material cedido ao Jornal de Brasília/Alexandre Bastos

Segundo o professor, o projeto começou “na raça”, entendendo que é necessário o fomento à ciência para abrir portas e novas possibilidades a esses jovens, além de contribuir social e economicamente com o desenvolvimento do país. “O incentivo à pesquisa tem sido transformador para os estudantes. Hoje, os alunos desenvolvem projetos que apresentam uma linguagem científica apurada, fruto de muito trabalho e estudo. E não para de crescer o número de frentes de estudo em diversas áreas como robótica, agricultura, química”, relata o professor.

Mas mesmo com o sucesso do Clube de Ciências, docente e jovens cientistas ainda enfrentam muitas dificuldades para aprimorar o trabalho. São necessários materiais e reagentes específicos e laboratórios equipados para pesquisas tanto na área de química e agricultura, quanto na hora de robótica e novas tecnologias”. “A falta de incentivo à pesquisa é grave no Brasil e se estende da escola à universidade. O projeto do Gama é um exemplo para o Brasil, porque propõe alternativas ecológicas para questões práticas do dia a dia, como substituição de plástico por material biodegradável”, afirma Fábio Felix.

Foto: Material cedido ao Jornal de Brasília/Alexandre Bastos

Ao fim do encontro, ficou acertada a elaboração de um projeto por parte da escola para que recursos de emendas parlamentares possam ser destinados para o Clube de Ciências. Fábio Felix se dispôs a destinar emendas e a sensibilizar outros colegas de Câmara Legislativa em prol das adequações necessários no CEM 02 do Gama.

 

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