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Brasília

Agora Sepe e SLU têm cooperação técnica com a ONU

Acordo prevê projetos na área de tratamento de resíduos sólidos orgânicos

Redação Jornal de Brasília

23/01/2020 18h24

Nesta semana a Secretaria de Projetos Especiais (Sepe), juntamente com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), assinaram termo de cooperação técnica com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido).

O acordo visa desenvolver projetos de interesse do Distrito Federal na área de tratamento de resíduos sólidos orgânicos por biodigestão anaeróbia, que é uma das maneiras de se obter recursos energéticos de forma sustentável. E será operacionalizado por meio de concessão.

“A Sepe e o SLU já vêm estudando juntos os problemas de gestão de resíduos no DF de forma a dar soluções definitivas e estruturar um sistema economicamente viável, logisticamente adequado, ambientalmente correto e socialmente evoluído”, explica o secretário de Projetos Especiais, Everardo Gueiros.

Para o diretor-presidente do SLU, Felix Palazzo, esse termo de cooperação com a Unido, vai dar celeridade na implementação do tratamento dos resíduos por biodigestão. “Com esse acordo podemos formatar um projeto que viabilize a ideia para que as empresas tenham interesse em desenvolver esse trabalho”, afirma.

A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial já promove a integração do biogás à agroindústria na região Sul do Brasil.

“Com o termo de cooperação técnica com o GDF, dá início agora a uma nova frente de atividades voltadas à produção de biogás através de resíduos orgânicos de origem urbana”, declara o representante da UNIDO para o Brasil e a Venezuela, Alessandro Amadio.

De acordo com Everardo Gueiros, esse acordo de cooperação é parte de todo o processo que começou com a abertura do Aterro Sanitário de Brasília e o fechamento do Lixão e todas as obras sociais correspondentes.

“Há muito interesse do setor privado nessa área. Muitos produtos são gerados a partir do lixo, inclusive da fração orgânica, e é nela que estamos trabalhando por representar 50% do volume total de resíduos. E com essa gestão dos resíduos sólidos urbanos teremos uma redução nos gastos do GDF”, alerta.

Quando a concessão estiver finalizada e o projeto de tratamento de resíduos sólidos orgânicos funcionando, o material orgânico que chega ao aterro será reduzido substancialmente. Consequentemente haverá diminuição não apenas na produção de chorume como também na emissão de metano, principal gás de efeito estufa liberado por aterros. “Vamos diminuir o aterramento de rejeitos e, consequentemente, diminuir a produção de chorume, que tem um alto custo para tratar”, revela Palazzo.

Existem outros projetos a serem realizados relacionados ao lixo. Segundo o secretário Everardo Gueiros, quando todas as etapas estiverem implantadas, a gestão de resíduos sólidos do Distrito Federal poderá ser considerada uma das mais modernas do mundo. “Seremos referência não só para o país, mas para a América Latina também”, prevê.

A Unido é a agência especializada das Nações Unidas que promove o desenvolvimento industrial para a redução da pobreza, a globalização inclusiva, e a sustentabilidade ambiental. Uma das frentes principais de atuação da UNIDO no Brasil e no mundo é a promoção de energias sustentáveis provenientes da gestão eficiente de recursos, mitigando os impactos ambientais do aterramento de resíduos e da emissão de gases de efeito estufa.

O termo de cooperação assinado entre a UNIDO e o GDF se dá no âmbito do projeto GEF Biogás Brasil (https://www.gefbiogas.org.br), implementado pela UNIDO, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e executado em parceria com instituições privadas, entidades setoriais, institutos de pesquisa e administrações locais.

A iniciativa conta com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), um mecanismo internacional de cofinanciamento que apoia projetos em países em desenvolvimento ou com economias em transição.

Nessa cooperação com o GDF, a agência ficará responsável pelo estudo detalhado que definirá logística, rotas tecnológicas, questões ambientais e mercadológicas de forma a verificar a viabilidade do negócio e a melhor aplicação possível dos produtos.

De acordo com a Unido, o gerenciamento sustentável de resíduos orgânicos através da produção de biogás resulta em um ambiente urbano mais limpo e estimula a geração de renda, emprego e inovação tecnológica, o que impacta diretamente a população local. “Pretendemos que a iniciativa junto ao DF se transforme em um exemplo de sucesso para a gestão de resíduos e para a geração de energia renovável em ambientes urbanos de todo o Brasil”, confirma Alessandro Amadio.

Com informações da Agência Brasília. 

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