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Brasília

Agaciel terá sigilo quebrado

O deputado distrital é investigado por supostamente cobrar parte do salário de funcionários

Marcus Eduardo Pereira

18/09/2019 5h27

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Lucas Valença
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A Polícia Civil do Distrito Federal pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal do deputado distrital Agaciel Maia (PL) por suspeita de praticar em seu gabinete a chamada “rachadinha”. A investigação se tornou um braço das operações que miravam o também parlamentar, Robério Negreiros (PSD). Em uma das operações, canhotos de cheques para Agaciel foram encontrados pela PCDF. As informações sobre a quebra de sigilo foram divulgadas pelo portal Metrópoles.

O parlamentar é investigado por suspeita de praticar o sistema de “rachadinha”, que seria quando o agente público passa a cobrar parte do salário de funcionários como contrapartida ao emprego. A prática ganhou maior notoriedade no país depois que o filho do presidente da República, Carlos Bolsonaro, passou a ser investigado pelo suposto crime.

Os canhotos de cheques foram encontrados durante a operação Absentia (ausência em latim), sob a guarda do diretor da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Arlécio Gazal. Quando coletados, a operação mirava o colega de parlamento de Agaciel, Robério Negreiros.

À época da operação, o Jornal de Brasília noticiou que investigadores da Polícia Civil e do Ministério Público local chegaram a “recolher” documentos e informações que diziam respeito a outros parlamentares, além de registros referentes a Negreiros, então foco da operação.

Agaciel Maia está em seu terceiro mandato e é presidente da Comissão de Orçamento e Finanças (CEOF). Ele é considerado um dos deputados mais influentes do Legislativo local. Antes de se lançar para o cargo eletivo, Agaciel foi diretor do Senado Federal.

Procurada, a assessoria de imprensa do deputado enviou nota a respeito do pedido feito pela PCDF. Segundo a nota, que está escrita em primeira pessoa, o patrimônio do distrital “foi todo constituído de fonte comprovada e oficial”. “Hoje, tenho 61 anos e trabalho desde os 18 anos. Ninguém precisa quebrar meu sigilo. Eu mesmo autorizo”, enfatizou.

O integrante do Legislativo também se antecipou e argumentou que não se utiliza de verba indenizatória, recurso concedido a parlamentares para pagamento de custos extraordinários do mandato.

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