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Brasília

Afinal, a felicidade é possível?

Brasilienses falam sobre a condição de ser feliz e a busca incansável por esse sentimento

Redação Jornal de Brasília

24/12/2019 5h00

Atualizada 23/12/2019 23h14

Matéria de Natal- Rita de Cássia Santana, 56, afirma que ser feliz é uma decisão, independente das circunstâncias.foto : Camilla Germano

Pedidos, promessas, desejos, sonhos e expectativas… o final de ano é recheado de tudo isso e um pouco mais. Todos se preparam para a despedida do ano que se vai e abrem as portas para o novo ano que logo começa. A felicidade e alegria nessa época ecoam por todas as canções natalinas e por todos os sinos de decoração. Mas afinal, o que é esta felicidade? O que significa pedir ou esperar a felicidade que tantos almejam no final de ano?

O servidor público e advogado André Galvão, de 52 anos, conta que a educação que recebeu dos pais o instruiu e o moldou na felicidade, especialmente ao final do ano. “A alteridade é a tônica das festas de final de ano. O festejar com outros é o objetivo. A felicidade nestes momentos é sempre coletiva e sinérgica. Fui criado em uma família cuja crença e doutrina ensinam que não há felicidade terrena sem caridade e atenção com os demais”, pontua.

Alteridade — do latim alteritas (‘outro’) — é a concepção que parte do pressuposto básico de que todo o ser humano social interage e é interdepende do outro.

A contadora e oficial do Exército Rita de Cássia Santana, de 56 anos, acredita que as pessoas buscam a felicidade no final de ano pela comoção geral que a época reafirma. “As pessoas são contagiadas pelas luzes, cores e promessas de um mundo melhor que as mensagens de fim de ano passam”, diz.

Ela afirma que a felicidade é uma escolha e que escolhe todos os dias essa condição. “Ser feliz é decisão, independente das circunstâncias. E digo ser e não estar. Ser feliz é uma escolha definitiva, ainda que se misture com outros sentimentos, não muda o seu estado de felicidade. O estar feliz se condiciona a momentos ou acontecimentos, e isso não representa a felicidade para mim”, explica. Ela diz também que ser feliz é estar saudável e satisfeita com o que tem, porque não precisa de mais nada além para viver com qualidade e paz.

Rita, no entanto, acredita que a fórmula da felicidade existe e que está totalmente ligada às decisões tomadas por cada um a cada dia. “É a decisão de ser, independente das condições ao redor. É preciso simplesmente escolher ser feliz, apesar das dificuldades, dos obstáculos, das decepções e também das conquistas, das facilidades e das benesses. A felicidade não pode ser vinculada a nada. Ela tem que ser pura”, afirma.

Já para André, a felicidade não é constante. “Ninguém é feliz o tempo todo, mas a busca incessante e a crença de que é possível ser feliz em boa parte de nossa existência é a ferramenta psicológica que me traz bem-estar e conforto. Ainda que não se consiga, o vetor deve sempre apontar para esse lado. Por vezes, a nossa felicidade está no bem-estar de outros, por isso acho sempre que é um sentimento que se sente coletivamente”, pontua.

Para ele, a felicidade está ligada ao próprio bem-estar em todas as áreas de sua vida. “Em muitos momentos sou feliz, mas não em todos. Procuro conciliar meus desejos como possível e tento mantê-los sempre em consonância com o meu bem-estar dentro do ambiente em que vivo (família), no ambiente em que trabalho e no meu círculo de amizade. Evito ao máximo o egoísmo no ser e no fazer mas nem sempre é fácil”, diz.

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