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Brasília

Academias esperam voltar dia 1º de julho com novos protocolos

Os estabelecimentos estão fechados desde março, quando medidas de distanciamento foram implantadas no DF para conter a pandemia do novo coronavírus

Catarina Lima

25/06/2020 19h00

As academias de ginástica de Brasília esperam retomar as atividades no dia 1° de julho, juntamente com bares e restaurantes. Os estabelecimentos estão fechados desde março, quando medidas de distanciamento foram implantadas no Distrito Federal para conter a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com Thaís Yeleni Ferreira, presidente do Sindicato das Academias do Distrito Federal (Sindac), dos 1.500 CNPJs do setor que são registrados na secretaria de Fazenda do DF, 50 não retornarão as atividades quando for permitido. A secretária de Esportes, Celina Leão, disse que há a previsão de reabertura das academias no dia 1°, mas que essa decisão vai depender da quantidade de leitos disponíveis no DF.

De acordo com a presidente do Sindicato, o ramo de academias garante o sustento de 30 mil famílias na capital do País. “Nós estamos acreditando que reabriremos no dia 1° de julho. Fomos o primeiro setor a apresentar um protocolo detalhado para a retomada das atividades, e o governador gostou muito”, disse Thaís.

O protocolo de procedimentos para reabertura de academias prevê, por exemplo, que os estabelecimentos deverão fechar as portas pelo menos duas ou três vezes ao dia, por 30 minutos, para que seja feita uma limpeza do ambiente; aferição da temperatura de funcionários e clientes; limitação da quantidade de usuários simultaneamente nos espaços; renovação do ar do ambiente pelo menos sete vezes a cada hora; e, claro disponibilização de álcool em gel, entre outras medidas.

“Nós também fizemos uma parceria com o Sebrae para capacitar os colaboradores que atuarão na volta às atividades”, explicou Thaís.

O presidente do Conselho Regional de Educação Física do DF, Patrick Aguiar, assim com Thaís acredita que o desemprego será grande. “20% das academias não deverão voltar a funcionar. Além disso, a suspensão dos contratos de trabalho certamente irá gerar muitas ações na Justiça Trabalhista” previu. Patrick queixou-se, ainda, da rejeição pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) do projeto do governo que previa o refinanciamento de débitos tributários (Refis). Segundo ele, muitos empresários do setor não podem recorrer aos programas de crédito, como o Prospera, do BRB, porque as empresas têm dívidas tributárias. Esses empresários estavam esperando o Refis para quitar seus débitos e contratar os empréstimos necessários. “Sem o Refis não sabemos como será”.

O empresário Jessé Nepomuceno, dono de uma academia, torce para que a volta das atividades aconteça mesmo no dia 1°, embora acredite que a retomada será lenta. “As pessoas estão com medo de voltar”, avaliou. Ele lembrou, no entanto, que tomados os devidos cuidados as academias serão muito importantes para manter a saúde física e mental das pessoas neste momento de enfrentamento da pandemia. Thaís destacou que a cada dólar gasto com atividade física são três dólares que se economiza com tratamentos de saúde.

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