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Brasília

Maior prêmio da história da Megasena atrai sonhadores

Os R$ 300 milhões que serão sorteados hoje provocaram filas nas casas lotéricas do DF

Olavo David Neto

31/12/2019 9h27

A maior premiação da história da Mega-Sena movimentou as lotéricas pelo Distrito Federal. Em tempos de crise, o que não faltam são sonhadores que fazem aquela fé para abocanhar os R$ 300 milhões de prêmio. O sorteio acontece entre as últimas horas de 2019 e o alvorecer de 2020. Com prazo para jogos até as 17h de hoje, o povo foi às ruas para começar uma nova década milionário.

Na casa lotérica da Rodoviária do Plano Piloto, cerca de 40 pessoas formavam uma longa fila que, no auge da espera, alcançou a escadaria que leva à Estação Central do Metrô-DF. Segundo funcionários do estabelecimento, assim permaneceu a procura por jogos da Mega da Virada durante todo o dia. “Ficou assim desde 7h. Não para um minuto, e até para almoçar ficou complicado”, brinca uma das atendentes, em meio ao tumulto dos dois guichês abertos exclusivamente para receber apostas de sonhadores.

À espera de um milagre que equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) da República do Congo, segundo estimativa do Banco Mundial, Herculano de Sousa, 55, comentou à reportagem que não tem um ritual específico. “Eu só jogo e espero o resultado, não sou de ficar fazendo ‘mandinga’, essas coisas”, comentou o homem. “ Se ganhar, ajudo minha família, compro uma casa e depois viajo o mundo”, completou.

“Primeiro, eu vou ajudar meus familiares que precisam, né? Depois quero ajudar famílias carentes, mas o principal é sair do aluguel, claro”
Maria José, cozinheira

E não só ele tem sonhos ligados a viagens e socorro financeiro a familiares. Dona Maria José, 62, comprou apenas dois bilhetes, “mas vou jogar os dois na maior das esperanças”, diz, sorrindo. Cobrada em R$ 750 todos os meses para garantir um teto, ela almeja a casa própria. “Primeiro, eu vou ajudar meus familiares que precisam, né? Depois quero ajudar famílias carentes, mas o principal é sair do aluguel, claro”, garantiu a cozinheira.

Descrença

Para Manoel Oliveira, 32, a fé de um ano novo recheado financeiramente move menos que o desejo de apostar. “A gente joga, mas a chance é zero”, conta, desanimado. “A gente joga porque é viciado; mas, se eu ganhar, eu vou distribuir dinheiro para minha família inteira, viajar e aproveitar a vida.” Questionado se a aposta do presidente Jair Bolsonaro na megasena diminui as probabilidades de vitória, Manoel é sucinto: “Se ele não levar na mão grande, não tirar um trunfo da manga, acho que dá”, brincou.

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