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Brasília

76 toneladas de entulho são retirados de Vargem Bonita e do Córrego da Onça

Mutirão combate focos do mosquito Aedes aegypti em núcleos rurais do DF

Redação Jornal de Brasília

09/10/2020 14h31

Foto: Emater

Uma ação de limpeza de três dias nos núcleos rurais da Vargem Bonita e do Córrego da Onça foi realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) e nela foram retirados 76 toneladas de entulho. A atividade, que contou com a participação das equipes da Administração Regional do Park Way e dos produtores rurais da região, aconteceu entre terça (6) e quinta-feira (8), e feita nos eixos ambiental e sanitário.

“Estamos em meio à pandemia do coronavírus, mas não podemos esquecer que a dengue ainda preocupa”, ressalta a gerente do escritório da Emater na Vargem Bonita, Cláudia Botelho. Ela lembra que, em muitas propriedades, os moradores costumam acumular restos de construção e de reformas, móveis velhos e outros tipos de entulho – materiais que favorecem a proliferação de mosquitos e outros insetos e roedores.

A Vargem Bonita abriga 66 chácaras que produzem principalmente hortaliças folhosas — alface, rúcula, coentro, salsa, cebolinha, repolho, couve, dentre outras —, flores, plantas ornamentais e plantas medicinais. O Córrego da Onça, com 67 propriedades, também produz hortaliças. O mutirão ocorre uma vez por ano na região.

Além de garantir a limpeza do meio ambiente em uma importante área de produção de alimentos, a ação ajuda no combate à dengue. De acordo com a Vigilância Ambiental, a fêmea do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, põe seus ovos até um ano antes do início das chuvas. Os ovos podem sobreviver até 575 dias sem água, e, com o início do período chuvoso, encontram as condições ideais para iniciar o ciclo de vida aquática e gerar os futuros mosquitos.

Do começo do ano até o 25 de setembro, foram registrados 44.772 casos de dengue no Distrito Federal, de acordo com Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde. Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é transmissor de chikungunya e zika.

As ações de combate ao mosquito da dengue seguem em todo o DF. Só na última semana de setembro, as equipes do projeto Sanear Dengue inspecionaram 2.944 imóveis e 6.076 depósitos em Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, São Sebastião e Sobradinho II.

O Sanear Dengue é composto pelas secretarias Executiva das Cidades e de Políticas Públicas, ambas da Secretaria de Governo, além da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), com apoio do Corpo de Bombeiros e administrações regionais. O programa é um dos braços do Sanear DF, e foi pensado de forma emergencial para amenizar o contágio pelo mosquito e atender as cidades com maior incidência da dengue.

As ações de prevenção já passaram também por outras regiões. No final de agosto, as equipes do Sanear Dengue vistoriaram 3.058 imóveis em Planaltina, Recanto das Emas, Asa Sul, Paranoá e Gama. Em alguns locais foi necessário fazer uso de larvicida, mesmo em pleno período de seca. A Asa Sul foi o local com o maior número de depósitos que precisaram do tratamento: dos 4.050 depósitos vistoriados, 149 foram tratados, principalmente por causa de lixo mal acondicionado e entulho.

A Emater

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, a Emater presta assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

As informações são da Agência Brasília

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