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Brasília

53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro vai premiar filmes humanistas

O Prêmio Cosme Alves Netto visa reconhecer trabalho de profissionais da sétima arte comprometidos com a luta por justiça social

Redação Jornal de Brasília

16/12/2020 17h22

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

A 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) apresenta um novo troféu especial neste ano. Em sua primeira edição, o “Prêmio Cosme Alves Netto” vai agraciar o filme que melhor representar os direitos humanos e os pilares humanistas defendidos pela Anistia Internacional Brasil, responsável pela iniciativa de criar a honraria.

Estudioso e amante do cinema, Cosme Alves Netto é homenageado por sua dedicação ao audiovisual e à militância política e social. O amazonense foi um verdadeiro guardião do cinema brasileiro, tendo sido perseguido e torturado pela ditadura militar. Entre 1965 e 1989, ele dirigiu a Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) e foi programador do Cinema Paissandu.

“O festival está muito feliz em oferecer este prêmio”, diz Silvio Tendler, curador e diretor artístico da 53ª edição do FBCB. “É uma homenagem ao amor que Cosme sentia pelo cinema nacional. Sua partida, em 1996, deixou muitas saudades. Ele foi responsável pela formação de gerações e gerações de cineastas”, lembra.

O júri da premiação é composto por Jurema Werneck, diretora-executiva, e Alexandra Montgomery, diretora de programas, ambas da Anistia Internacional Brasil. A banca também conta com o cineasta e diretor convidado, Joel Zito Araújo.

Todos os seis longas-metragens e 12 curtas que compõem a Mostra Oficial Competitiva do Festival de Brasília estão elegíveis para receber o Prêmio Cosme Alves Netto. A honraria será uma placa gravada no tradicional Troféu Candango.

Para Jurema Werneck, a condecoração visa reconhecer o trabalho de profissionais da sétima arte comprometidos com a luta por justiça social. “Contar histórias é fundamental para a construção de um povo. Em todos esses anos, a Anistia Internacional sempre esteve comprometida em amplificar vozes de pessoas e de comunidades que lutam pela preservação dos direitos humanos. Essas vozes se expressam de modo potente e sensível pela arte. Nas telas de cinema, é possível transmitir valores de um mundo mais justo com emoção”, enfatiza.

A Anistia Internacional foi criada em 1961. É um movimento de mais de 7 milhões de pessoas e tem compromisso com a justiça, a igualdade e a liberdade, com o objetivo de proteção e defesa dos direitos humanos. A organização apoiará na promoção do filme vencedor por meio de sua rede de ativistas no Brasil, bem como na realização de outras sessões, em comum acordo com a diretora ou o diretor do filme vencedor.

As informações são da Agência Brasília

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