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Um brinde à “burrice”

Sim, queridos cidadãos, estamos testemunhando a era da “inovação política” onde, ao invés de debates e negociações, opta-se por invadir sistemas governamentais

Redação Jornal de Brasília

21/05/2024 19h15

É com grande entusiasmo e um toque de ironia que recebemos a notícia da aceitação pelo STF para que a deputada federal Carla Zambelli se torne réu pela contratação do hacker Walter Delgatti (que também ganhou lugar no banco). Sim, queridos cidadãos, estamos testemunhando a era da “inovação política” onde, ao invés de debates e negociações, opta-se por invadir sistemas governamentais.

E a cereja do bolo? A descrição dos ministros do STF sobre a ação como “burrice” e “desinteligência”. Nada mais justo do que chamar as coisas pelo nome. Afinal, quando se trata de contratar um hacker famoso para invadir o site do Conselho Nacional de Justiça e emitir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, o mínimo que se espera é uma estratégia genial, não um plano digno de um roteiro de comédia pastelão.

Imaginemos a cena: em um momento de pura iluminação, a deputada pensa consigo mesma: “Qual a melhor maneira de resolver nossas questões políticas? Ah, claro, contratar um hacker para invadir o CNJ e derrubar nosso maior inimigo: o xandão!” Porque nada diz “transparência e ética” como um bom e velho cibercrime. Os ministros, ao rotular a ação como “burrice” e “desinteligência”, apenas expressam o que todos nós, meros mortais, já suspeitávamos: é preciso uma dose extra de ingenuidade ou audácia (ou ambas) para achar que isso terminaria bem.

Portanto, ergamos um brinde à “burrice” que nos proporciona esses momentos de entretenimento involuntário e torçamos para que as próximas cenas sejam tão hilárias quanto surpreendentes.

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