Imagine a cena: numa sala de aula, alunos estão com os olhos em transe, babando levemente, como se tivessem sido desconectados de uma dimensão paralela. Um monitor curioso, ao observar o estado vegetativo da turma, pergunta para a professora: “O que aconteceu com eles?”. A professora, com a paciência de quem já viu de tudo, suspira e responde: “Estão offline…”.
Agora a realidade: o presidente Lula sancionou um projeto de lei que bane o uso de celulares em escolas públicas e privadas no Brasil. Isso mesmo! Nada de TikTok nas aulas de matemática ou de partidas clandestinas de Free Fire no intervalo. A ideia, que ganhou força no Congresso após apoio do Ministério da Educação, pretende trazer os alunos de volta para o mundo analógico. Em outras palavras, é hora de redescobrir o caderno, o lápis e até aquele cheiro nostálgico de giz de quadro negro.
A decisão não veio do nada. Países como França, Espanha e Itália já adotaram medidas semelhantes, provando que o combate à “zumbificação digital” é uma tendência mundial. A proposta foi aprovada em tempo recorde no Senado e sancionada com festa (ok, sem muita festa, mas com solenidade) no Palácio do Planalto. Agora, resta aos professores a missão épica de reconquistar a atenção dos alunos sem a ajuda de memes e vídeos de gatos.
E o que isso significa na prática? Bom, prepare-se para ouvir frases como: “Professora, como eu vou viver sem meu celular?”, ou “Isso é um atentado contra minha liberdade de expressão digital!”. Mas, entre nós, talvez seja o empurrãozinho que faltava para as crianças se lembrarem de que o mundo real também tem gráficos incríveis – e nem precisa de Wi-Fi.