Nicolás Maduro, sempre cheio de surpresas, resolveu que sua reeleição conturbada precisava de um toque especial: a famosa “Mão de Ferro”. Em um discurso que mais parecia uma preleção de técnico de futebol antes de uma final de Copa do Mundo, ele convocou todos os poderes do Estado a entrar em campo e defender com unhas e dentes, ou melhor, com mãos de ferro, os “princípios constitucionais” contra os chamados “crimes de ódio” que surgiram após sua vitória nas urnas.
“Exijo que essa Mão de Ferro seja como um goleiro de elite, defendendo o gol contra qualquer ataque!”, bradou Maduro, como se estivesse se preparando para defender um pênalti decisivo. Ele quer justiça rápida, severa e implacável, para garantir que nada passe pela linha do gol da sua reeleição contestada.
E como todo bom técnico, ele não deixou de provocar os adversários: “Cadê o Edmundo González Urrutia? Está com medo de vir para a grande área? E a ‘fascista maior’, a senhora Machado, por que está se escondendo no banco de reservas? Vamos lá, enfrentem a Mão de Ferro se forem corajosos!”. Parecia até que Maduro estava pronto para uma disputa acirrada, esperando que seus rivais aparecessem na pequena área.
Enquanto isso, do outro lado do campo, a oposição, liderada por María Corina Machado e o sumido Urrutia, segue gritando “fraude!” e reivindicando o gol que, segundo eles, foi injustamente anulado. O Conselho Nacional Eleitoral, por sua vez, está ainda procurando a bola – ou melhor, os resultados reais da eleição – que supostamente foram hackeados.
E assim, a Venezuela se transforma em um estádio, esperando ansiosa para ver se essa “Mão de Ferro” de Maduro vai conseguir defender o gol ou se vai acabar deixando a bola passar. Com toda essa tensão, o jogo político está mais emocionante do que uma final de campeonato!
