No meio dessa confusão política internacional, temos um cenário que parece ter saído de uma novela latino-americana cheia de reviravoltas. Após as eleições de 28 de julho na Venezuela, os resultados têm sido amplamente contestados, e não é à toa. O governo de Nicolás Maduro proclamou vitória com 51% dos votos, mas a oposição afirma que seu candidato, Edmundo González Urrutia, na verdade, obteve 67% dos votos. Naturalmente, essa divergência tem causado um alvoroço, não só na Venezuela, mas também entre os líderes mundiais.
Foi nesse contexto que o presidente Lula, do Brasil, decidiu dar sua opinião. Ele sugeriu que talvez fosse melhor fazer uma nova eleição, mas dessa vez com a supervisão internacional, para garantir que todos os lados estejam satisfeitos com o resultado. E como Lula não é de ficar sozinho nas suas ideias, logo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concordou com ele. Biden até afirmou que apoiaria a realização de uma nova eleição, numa tentativa de devolver a paz à conturbada Venezuela.
Agora, imagine a cena: Lula, todo sério, propõe novas eleições para a Venezuela. Biden, com aquele sorriso diplomático, balança a cabeça em concordância. E então, Maduro, que já está bem acostumado com esse tipo de situação, responde com um sorriso de canto de boca e diz: “Pra quê? Se vou ser eleito de novo, sempre!”
Essa resposta de Maduro pode parecer uma piada, mas reflete bem a confiança (ou talvez teimosia) do líder venezuelano, que não parece nada interessado em repetir o pleito. Tanto que o governo venezuelano e mesmo a oposição já deixaram claro que não há qualquer apoio para a ideia de novas eleições, o que torna a sugestão de Lula e Biden uma missão quase impossível. De qualquer forma, o drama continua, com os líderes mundiais pressionando Maduro para que ele ao menos divulgue todos os dados eleitorais para garantir um mínimo de transparência nesse processo conturbado