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Charges

Chuvas chegam… e o caos já estava à espreita!

Redação Jornal de Brasília

17/10/2024 18h25

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Imagine a cena: o trabalhador comum, cansado, caminha pela rua enquanto as primeiras gotas de chuva começam a cair. Ele olha ao redor e percebe o início de mais um pesadelo familiar. As bocas de lobo já estão entupidas, a água se acumula e as ruas, que deveriam ser um caminho seguro para casa, começam a se transformar em rios improvisados. Sem perder tempo, ele solta um desabafo: “As chuvas mal começaram e a energia já está falhando, os bueiros entupidos e as ruas alagando…”. A situação já é mais do que esperada, e com isso, a frustração vem de longe.

Ao lado dele, um sujeito bem vestido, de terno, gravata e cartola, mas com um sorriso debochado e uma postura distante da realidade. Ele, que deveria ser o responsável por soluções, faz pouco caso da gravidade do momento. Com ironia, responde: “É muito difícil se preparar para uma chuva que acontece exatamente na mesma época todos os anos!” E lá vai ele, com sua cartola erguida, a passos largos, como se a chuva e o caos não tivessem nada a ver com ele.

A cena ilustra bem o que vem acontecendo nas cidades, como São Paulo, onde o período das chuvas chega e o filme se repete: bueiros entupidos, ruas inundadas e serviços públicos colapsando. Todos os anos, entre novembro e março, os paulistanos enfrentam o mesmo roteiro: apagões, alagamentos que travam o trânsito e, em alguns casos, até famílias desabrigadas.

O que mais intriga, porém, não é o fenômeno climático, mas o aparente descaso em evitar as consequências óbvias. A manutenção da infraestrutura urbana, quando feita, é sempre insuficiente. O resultado? Uma comédia amarga, onde todos sabem o que vai acontecer, menos quem deveria estar prevenindo o caos.

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