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A economia como solução para todos os problemas

Nada reconstrói uma cidade melhor do que uma promoção de 50% de desconto em sapatos de grife!

Redação Jornal de Brasília

16/05/2024 19h13

No maravilhoso mundo da política, temos figuras que desafiam a lógica e o bom senso com uma maestria digna de prêmios. E Rio Grande do Sul não poderia ser diferente. O governador Eduardo Leite parece ter descoberto uma fórmula inovadora para lidar com as catástrofes: priorizar o comércio e a economia acima de tudo. Quem precisa de hospitais e escolas quando se pode ter shoppings e outlets, não é mesmo?

Imaginemos a cena: cidades devastadas pelas enchentes, moradores desalojados, casas destruídas, e o nosso ilustre governador preocupado em garantir que as lojas de sapatos e os cafés chiques voltem a funcionar a todo vapor. Afinal, nada reconstrói uma cidade melhor do que uma promoção de 50% de desconto em sapatos de grife!

As escolas e hospitais, que são apenas detalhes insignificantes, podem esperar. Crianças podem estudar em barracas, e consultas médicas? Quem precisa delas quando se pode estimular a economia com uma maratona de compras? Leite parece ter uma visão econômica que desafia qualquer manual de economia: investir no comércio é a solução para todos os problemas. É como se dissesse: “Que venham as águas, desde que não inundem os caixas registradores!”

E o povo? Ora, o povo pode esperar. Afinal, a educação e a saúde são supérfluas diante da grandiosa missão de salvar a economia. Quem precisa de um teto sobre a cabeça ou de um médico quando se pode passear em um shopping recém-reconstruído, não é mesmo?

Eduardo Leite, com sua visão revolucionária, está nos ensinando que, em tempos de crise, devemos priorizar o que realmente importa: garantir que o comércio funcione a pleno vapor. E que venham mais enchentes, porque pelo menos assim teremos mais inaugurações de lojas para celebrar. Afinal, reconstruir cidades é para os fracos; reconstruir economias é para os visionários!

No fim das contas, talvez Leite esteja apenas à frente do seu tempo. Quem sabe, em um futuro não tão distante, escolas e hospitais venham a ser meros detalhes de uma sociedade onde o comércio é rei e a economia, a rainha. Enquanto isso, seguimos esperando, debaixo d’água, a próxima grande promoção.

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