Quase no apagar das luzes, o Flamengo resolveu jogar a sua melhor partida do ano. Esse 3 x 0 no Palmeiras foi algo tão consistente que deixou pelo menos uma impressão: se tivesse se comportado assim durante toda a temporada, seria, no mínimo, campeão brasileiro.
Foi a primeira vez que Abel Ferreira e Tite se encontraram. O português, super vitorioso no comando do Palmeiras, levou não apenas um “nó tático”; levou – como gostam de dizer os cariocas – um belo de um “sacode”.
Pouco a pouco Tite está colocando as coisas em seus devidos lugares. O Flamengo, pelo elenco que tem, não poderia jamais pagar os micos que pagou este ano com Vitor Pereira e Jorge Sampaoli.
Para mim, está mais do que claro que o problema era de comando. Ou da falta de… Não podemos simplesmente dizer que eles (o português e o argentino) não são bons treinadores.
Ambos têm currículo e história para provar o contrário. Só que, no Flamengo, eles não se encaixaram. Não souberam liderar e/ou de criar um ambiente harmonioso. Por isso nunca tiveram o apoio do elenco.
Tite chegou a trouxe paz; fundamentalmente é isto. No fim de semana, quando ganhou do Fortaleza fora de casa, o treinador mostrou toda a lucidez que se espera de um líder ao lembrar que o trabalho estava apenas começando. Nada acontece imediatamente, porque é um planejamento de médio e longo prazo.
Mas é possível enxergar essa mudança pelo comportamento de um jogador: Everton Cebolinha. Era inexplicável o seu “sumiço” desde que chegou ao Flamengo. Tite devolveu-lhe a confiança. Ontem Cebolinha foi o dono do jogo.
Enfim, esse Flamengo de Tite, como já dissemos aqui na coluna, pode fazer a torcida Rubro-negra voltar a sonhar.
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