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Do Alto da Torre
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Arquivo Geral

28/11/2016 7h06

Atualizada 27/11/2016 20h07

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) pretende fazer uma reunião com os deputados distritais da base nesta semana, se possível ainda hoje. O principal item da pauta de discussão é a eleição para a nova presidência, Mesa Diretora e comissões da Câmara Legislativa.

Risco

Parlamentares governistas consideram que a indefinição do apoio do governador abre espaço para a oposição garfar o comando da Casa. Entre opositores e descontentes, o grupo contabiliza nove votos.

Dilema

Até o momento dois nomes estão oficialmente no páreo: Agaciel Maia (PR) e Joe Valle (PDT). A candidatura de Sandra Faraj (SD) também está em franco processo de consolidação. Essas escolhas apresentam prós e contras. Se optar por Agaciel ou Sandra, Rollemberg abre espaço para composições com partidos de centro e direita para 2018, mas corre o risco de perder a esquerda. Caso aposte em Valle, faz o caminho inverso. Reforça os laços com a esquerda, mas perde centro e direita.

Hipótese

Nacionalmente, o PSB nutre o projeto de uma parceria com o PSDB para o governo de São Paulo em 2018. Com as devidas proporções, o partido avalia a possibilidade de replicar o movimento no DF. Seja para se projetar nacionalmente, seja para a composição de uma chapa para o Buriti. Neste sentido, a eleição de um nome do PR ou do SD para a presidência da Câmara seria um passo fundamental, pois seria a abertura de uma porta simbólica para partidos de centro e direita.

A falha do bolo

Seja qual for a rota escolhida, Rollemberg começou a traçar uma nova reforma no GDF. Um dos objetivos será redistribuir os espaços entre a base. Mas segundo alguns parlamentares, não bastará repartir novamente o bolo. De nada vão adiantar cargos, se o GDF continuar sem foco, sem projeto claro. Palavras de aliados.

Álvaro Lins morre aos 67 anos

O ativista político Álvaro Lins faleceu ontem, vítima de complicações de um tratamento contra o câncer. Considerado um importante intelectual da esquerda no DF, Lins participou intensamente da luta armada contra a ditadura militar. “É a perda de um dos heróis da resistência”, lamenta a ex-deputada distrital Maria José Maninha (PSOL).

Clandestino

Além da amizade, as histórias de Lins e Maninha se entrelaçam. Em meados de 67, Maninha entrava na universidade e na vida política, enquanto Lins ingressava na clandestinidade para combater o regime. Em 70, ela deixava a vida acadêmica e ele engrossava os movimentos operários no Rio de Janeiro. Perderam o contato. Anos depois, voltaram trocar mensagens, mas neste período ele usava o pseudônimo de Paulo.

Anonimo

“Participávamos da mesma organização. Mas ele estava em nível bem acima do meu. Ele viveu a luta armada em episódios cinematográficos. Ele lutou pela queda da ditadura. Em uma operação, ele não tinha escolha, ou fugia ou morria. Decidiu fugir. A repressão o perseguiu com tiros. Um disparo atingiu a perna do Álvaro. Ele não desistiu. Mancando, sangrando, fugiu. Mesmo depois da queda do regime, ele dedicou a vida inteira à reconstrução da democracia. Álvaro é um herói anônimo”, conta Maninha.

Campanhas

Após a queda do regime, Álvaro deixou a clandestinidade e passou a trabalhar em campanhas eleitorais no DF e pelo Brasil. Foi alvo de críticas severas da esquerda, quando participou da campanha de Fernando Collor para o Planalto. “Era um trabalho profissional. Isso não tirou dele o norte da construção da democracia e o pensamento de esquerda”, defende Maninha. No começo deste mês, Lins participou de um café com Toninho do PSOL. Entre um xícara e outra, ambos falaram sobre 2018.

Nunca me calarei

O Tribunal de Justiça do DF e Territórios abre as portas da exposição “Nunca me calarei”. A partir de hoje vistantes poderão ver 130 fotos de mulheres vítimas de violência sexual. O registro é do fotógrafo Márcio Freitas. O material está exposto no Hall do Palácio da Justiça, das 12 às 19h, de segunda à sexta-feira. A mostra integra a VI Semana Justiça pela Paz em Casa. Ainda hoje, a partir das 10h, será prmovido um ciclo de palestras, debates e workshops no Auditório Sepúlveda Pertence.

Drama

A Secretaria de Cultura espera lançar a licitação da primeira etapa da reforma do Teatro Nacional nos meados de 2017. As primeiras obras incluirão a reforma da Sala Marins Pena. O governo Rollemberg pretende fatiar a reestruturação do edifício pois dificilmente terá os R$ 220 milhões necessários para a concretização completa do projeto. Segundo a pasta, a revitalização total não será viável até 2018. Mas o GDF decidiu começar o processo.

Surreal

Redigido na gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), o projeto de revitalização do Teatro Nacional apresenta propostas ambiciosas e ultratecnológicas, muito desconexas das urgências da crise atual. Apenas a produção do projeto custou R$ 3,6 milhões. Graças a uma parceria com a Fibra, a gestão Rollemberg conseguirá readequar os estudos a um patamar mais realista e acessível para os cofres públicos, ao preço de R$ 70 mil.

Samba

Se por um lado o governo encontra dificuldades para resgatar o Teatro Nacional, por outro acertou o pé na organização do Carnaval. Para 2017, a pasta da Cultura espera estruturar uma grande festa popular. Para fomentar os blocos de rua, o Executivo fortaleceu a Lei de Incentivo à Cultura. Foliões já podiam, isoladamente, selar parcerias com patrocinadores privados. Agora, é possível fazer a captação coletiva com o GDF atuando como mediador. Neste ano, a festa teve aproximadamente 50 blocos. Com as novas regras, a expectativa e que o número evolua para 70 blocos. O Executivo também planeja oferecer melhor infraestrutura com palcos, tendas e banheiros.

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