Como parte das ações de vigilância em saúde, a Secretaria de Saúde do DF contabilizou, até o início deste mês, a coleta de 770 morcegos — vivos e mortos —, além de 173 macacos e dois gambás. O monitoramento é essencial para identificar e prevenir zoonoses, como raiva e febre amarela, que podem afetar animais e humanos.
“Os agentes de vigilância ambiental recolhem os corpos desses animais para saber se está ou não circulando o vírus da febre amarela ou da raiva”, explica o médico infectologista Victor Bertollo, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde da SES-DF. A ação é considerada preventiva e ajuda a direcionar outros esforços, como reforçar a vacinação contra febre amarela para humanos e contra raiva para cães e gatos.
No caso da raiva, o infectologista ressalta a importância de buscar atendimento em casos de mordida ou arranhadura: “Temos protocolos de assistência nesses casos para definir se vai ser feito só monitoramento ou se vai precisar ministrar soro e vacina”.
Orientações
A Zoonoses trabalha especificamente com animais já mortos (no caso específico de morcegos, podem ser recolhidos vivos). Para o resgate de outros animais vivos, é necessário acionar o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). Para falar com a Zoonoses, deve-se ligar para os números 3449-4432 ou 3449-4434.
“No caso de animais domésticos, o recolhimento do cadáver é realizado caso o animal possua sinais clínicos compatíveis e laudo médico veterinário com suspeita ou confirmação para leishmaniose visceral, raiva e esporotricose, ou caso o animal tenha ido a óbito após um acidente de mordedura ou agressão com vítima humana”, explica o diretor de Vigilância Ambiental da SES-DF, Edvar Schubach. “Animais sem vínculo epidemiológico não são recolhidos.”
É importante evitar contato direto com o cadáver dos animais silvestres ou domésticos com suspeita de doenças. Se for necessário, deve-se utilizar luvas. Também é preciso manter outros animais a distância, e os cadáveres não devem ser jogados no lixo. Se o animal morto foi encontrado dentro de área de parque federal ou de preservação ambiental, é necessário acionar a administração do local.
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Com informações da Agência Brasília