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Brasília

Zoonoses recolheu quase mil corpos de animais em 2025

Secretaria de Saúde faz análise de animais mortos para proteger humanos de doenças como raiva ou febre amarela

Redação Jornal de Brasília

31/12/2025 9h57

31.12. zoonoses

Arte: Agência Saúde-DF

Como parte das ações de vigilância em saúde, a Secretaria de Saúde do DF contabilizou, até o início deste mês, a coleta de 770 morcegos — vivos e mortos —, além de 173 macacos e dois gambás. O monitoramento é essencial para identificar e prevenir zoonoses, como raiva e febre amarela, que podem afetar animais e humanos.

“Os agentes de vigilância ambiental recolhem os corpos desses animais para saber se está ou não circulando o vírus da febre amarela ou da raiva”, explica o médico infectologista Victor Bertollo, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde da SES-DF. A ação é considerada preventiva e ajuda a direcionar outros esforços, como reforçar a vacinação contra febre amarela para humanos e contra raiva para cães e gatos. 

No caso da raiva, o infectologista ressalta a importância de buscar atendimento em casos de mordida ou arranhadura: “Temos protocolos de assistência nesses casos para definir se vai ser feito só monitoramento ou se vai precisar ministrar soro e vacina”. 

Orientações

A Zoonoses trabalha especificamente com animais já mortos (no caso específico de morcegos, podem ser recolhidos vivos). Para o resgate de outros animais vivos, é necessário acionar o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). Para falar com a Zoonoses, deve-se ligar para os números 3449-4432 ou 3449-4434.

“No caso de animais domésticos, o recolhimento do cadáver é realizado caso o animal possua sinais clínicos compatíveis e laudo médico veterinário com suspeita ou confirmação para leishmaniose visceral, raiva e esporotricose, ou caso o animal tenha ido a óbito após um acidente de mordedura ou agressão com vítima humana”, explica o diretor de Vigilância Ambiental da SES-DF, Edvar Schubach. “Animais sem vínculo epidemiológico não são recolhidos.”

É importante evitar contato direto com o cadáver dos animais silvestres ou domésticos com suspeita de doenças. Se for necessário, deve-se utilizar luvas. Também é preciso manter outros animais a distância, e os cadáveres não devem ser jogados no lixo. Se o animal morto foi encontrado dentro de área de parque federal ou de preservação ambiental, é necessário acionar a administração do local.

Conheça mais sobre o trabalho da Zoonoses. 

Veja também a lista de locais que oferecem a profilaxia pós-exposição.

Com informações da Agência Brasília

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