Nos últimos meses, diversas unidades de saúde do Distrito Federal têm sido alvos de vandalismo, com depredações que causam prejuízo ao patrimônio público e impactam diretamente o atendimento à população. Entre os locais atingidos estão as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Recanto das Emas e Ceilândia I, além do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
Impacto direto no atendimento
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), responsável pela administração das UPAs e do HRSM, alerta que os episódios de vandalismo não só colocam em risco a integridade de pacientes e trabalhadores, como também causam atrasos nos atendimentos e obrigam o redirecionamento de recursos.
“Recursos que poderiam ser direcionados para compra de medicamentos, ampliação de leitos ou contratação de profissionais de saúde acabam sendo realocados para reparos e reforço da segurança patrimonial”, afirma Marcos Dutra, diretor de Administração e Logística do IgesDF.
Monitoramento por câmeras
Para combater esse tipo de violência, o IgesDF instalou câmeras de vigilância em todas as 13 UPAs do DF. O custo mensal estimado é de R$ 13 mil por unidade para manutenção do sistema. “Segurança também é cuidado em saúde. O sistema de vigilância nos ajuda a agir com mais agilidade em situações críticas”, destaca o diretor-presidente Cleber Monteiro.
A psicóloga Amsha Lima, do Programa Acolher, lembra que a violência nas unidades de saúde também afeta o bem-estar da equipe. “A violência gera medo, insegurança e desânimo, podendo afetar diretamente a qualidade e o tempo do atendimento prestado.”
Atuação policial e penalidades
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realiza rondas regulares nas áreas mais sensíveis e mantém contato direto com os gestores das unidades para definir estratégias de prevenção. Em nota, a corporação reforçou que “depredar não acelera o atendimento. Pelo contrário, agrava a situação e prejudica toda a comunidade”.
Quem comete vandalismo pode ser responsabilizado por dano qualificado, com pena de até três anos de detenção, além de multa. Em casos de agressão ou tumulto, os envolvidos podem responder também por desacato ou lesão corporal.
A PMDF reforça a importância das denúncias via 190, que ajudam a garantir uma resposta mais rápida e eficaz.