A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 15ª Delegacia de Polícia, prendeu na tarde de ontem, em sua residência localizada em um condomínio de Taguatinga, um homem, de 30 anos, investigado pela prática de estupro de vulnerável.
Durante a apuração, o irmão da vítima, de 20 anos, declarou ter praticado atos libidinosos com o autor quando tinha entre 14 e 15 anos de idade, sendo que, em uma das ocasiões, estava na casa do autor com um amigo, que tinha, na época entre 12 e 13 anos de idade, tendo o autor tentado praticar atos libidinosos com este e, após a recusa, para satisfazer sua lascívia, praticou com o primeiro, atos libidinosos na presença do segundo, fato que também configura infração criminal.
Fora ainda apurado que o autor era amigo da família e tinha a confiança da genitora das vítimas por ser líder de jovens da igreja que frequentavam e que ele atraía os jovens para sua casa com o pretexto de jogarem videogame.
A investigação reuniu elementos que confirmaram a prática criminosa, incluindo prints de conversas em aplicativos, além de depoimentos consistentes das vítimas e testemunhas.
Diante da gravidade dos fatos e da constatação de que os crimes vinham ocorrendo desde, pelo menos, 2019, fora representado pela prisão do investigado, que foi cumprida na tarde dessa quarta-feira (1º), na residência do autor, em Taguatinga.
Após a formalização de sua prisão, o autor foi interrogado, tendo confessado ter praticado atos libidinosos com a vítima de 13 anos de idade. No entanto, ele negou ter tentado praticar atos libidinosos com o amigo do irmão da vítima e negou ter praticado atos libidinosos com o irmão da vítima, na presença de seu amigo, à época menor de catorze anos de idade.
Não obstante sua negativa, o autor foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, tentativa de estupro de vulnerável e satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, cujas penas, somadas, podem alcançar os 29 anos de prisão.
Após seu interrogatório, o preso foi encaminhado à carceragem da PCDF, onde permanecerá à disposição da Justiça.
O nome da operação, Game Over, foi escolhido porque o investigado utilizava o videogame como forma de atrair e conquistar a confiança das vítimas.