Subiu a bandeira

A três dias da abertura dos Jogos do Rio, é hora das boas vindas aos atletas cujo novo endereço é a Vila do Pan, no bairro de Jacarepaguá. Ao todo, serão mais de cinco mil competidores, divididos em 17 prédios. Metade já ocupou seu espaço. Começaram a chegar no ultimo dia 4. Devido ao calendário do evento, alguns só desembarcarão durante a competição.

Ontem, desde as 9h, foram realizadas cerimônias de hasteamento dos estandartes nacionais, na Praça das Bandeiras. O primeiro a subir foi o de El Salvador. O pendão verde-e-amarelo ficou em último, com toda a pompa do País anfitrião. Além de uma extensa lista de autoridades, muitos atletas da equipe tupiniquim participaram do evento.

Os convidados foram recebidos pelo prefeito da Vila, Paulo Laranjeira. Posaram para foto oficial, assistiram ao show de percussão da banda Afro-Lata e acompanharam a execução do hino nacional com hasteamento da bandeira do Brasil. Por coincidência, nenhum dos 19 brasilienses convocados para os Jogos compareceu à cerimônia. Alguns, porque ainda não desembarcaram na cidade, como o saltador César Castro. Outros, porque o horário do evento coincidiu com treinos ou o almoço. “Vamos realizar a melhor campanha do Brasil na história dos Jogos Pan-Americanos. A melhor estrutura, garanto que já apresentamos”, gaba-se Marcos Vinícius Freire, chefe da delegação brasileira no Pan. Líder do time nacional há três edições, Freire orgulha-se de dizer que a Vila Pan-Americana do Rio é a melhor. “Nunca os atletas tiveram tanto conforto.

Cada quarto tem televisão, ar-condicionado e rede de internet sem fio. A sala de ginástica e o restaurante são de primeiro mundo. Fizemos o melhor. Tenho certeza. Ainda construímos uma área de treinamento para o pessoal das lutas. Facilita a vida. Ele só precisam descer alguns andares para treinar”, entusiasma-se Freire.

Elenco

A seleção do Brasil no Pan contará com 659 atletas e 297 oficiais, entre  treinadores, equipe médica e assessores imprensa. A delegação ocupará 100 apartamentos e 400 quartos. Por causa do entra-e-sai de competidores de acordo com o calendário do Pan, são apenas 800 camas. Alem disso, as duas duplas de vôlei de praia e a seleção de vela ficarão hospedadas em hotéis na zona sul da cidade, pela proximidade com locais de competição – a praia de Copacabana –, e horário das disputas.

As primeiras equipes brasileiras a ocupar a Vila foram as de saltos ornamentais e ginástica, no dia 4 de julho. Até agora, atletas de 22 modalidades estão na Vila. Hoje, entrarão as meninas do handebol e as delegações masculina e feminina de hipismo e judô.

Contusão de trio brasileiro preocupa

Entre os atletas brasileiros presentes na Vila do Pan, três podem ter de sair antes do início dos Jogos. A ginasta Daiane dos Santos, o armador da seleção de handebol, Bruno Souza, e Ivan Schwantes, da esgrima, se machucaram e preocupam. Num dos locais de treinos dentro da Vila, o esgrimista Ivan Schwantes sofreu acidente na segunda-feira e teve de ser operado. A espada do irmão dele, Athos Schwantes, quebrou e o feriu perto da axila direita.

Ivan passou por cirurgia para retirar o acumulo de sangue e ar no pulmão direito. “Ele terá de ficar em observação. Está tranqüilo e chegou a brincar com o irmão dizendo que iria vencê-lo mesmo com o braço direito machucado”, revelou o chefe da delegação, Marcos Freire. Os médicos pediram um dia para confirmar a presença dele no Pan.

Na sexta-feira, Daiane dos Santos assustou.  “Lá vem vocês falar de tornozelo de novo? Já estou bem e vou defender o Brasil”, irritou-se, ontem. O caso do armador da seleção de handebol, Bruno Souza, é mais simples. Torceu o tornozelo direito e, em vez te treinar, faz fisioterapia. “Não jogarei a estréia, mas volto depois”, promete.